O que é uma corrosão por pite? Como pode-se identificar esse tipo de corrosão?
Passo 1
O enunciado pergunta o que é a corrosão por pite e como identificá-la. O conteúdo envolve corrosão localizada, em especial o mecanismo de formação de “pites” (cavidades) em superfícies metálicas.
Passo 2
Definimos corrosão por pite como um ataque eletroquímico extremamente localizado que provoca pequenas cavidades ou furos na superfície do metal, sem corroer uniformemente toda a área. A pite ocorre quando há ruptura ou enfraquecimento do filme passivo protetor (por exemplo, óxido em aços inoxidáveis) e se forma uma célula galvânica microscópica, acelerando a dissolução no interior do pit.
Passo 3
Características típicas da corrosão por pite:
- Formação de pequenas depressões ou furos profundos e estreitos, muitas vezes com tampas de remo e bordas salientes.
- Área ao redor do pit permanece praticamente intacta, camuflando a gravidade do ataque.
- Inicia-se frequentemente em ambientes contendo íons cloreto
, como água de mar ou soluções salinas. - Propagação rápida a partir do instante de nucleação, podendo levar a falhas catastróficas por perfuração mesmo com perda de massa baixa.
Passo 4
Para identificar a corrosão por pite, podem-se usar:
- Inspeção visual: procurar por pontos escuros, pequenos furos ou manchas salientes.
- Microscopia óptica ou eletrônica (MEV): examinar a morfologia dos pits e medir geometria (profundidade e diâmetro).
- Ensaios eletroquímicos: curva de polarização potenciostática (polarização cíclica) para determinar potencial de pite
e corrente de pite; espectroscopia de impedância eletroquímica (EIS) para avaliar degradação do filme passivo. - Testes de penetração ou medição de vazão: inserir líquidos coloridos ou marcadores nos pits e verificar transporte através da peça.
- Análise de perda de massa localizada: pesar área suspeita antes e depois de remover depositos para quantificar ataque.
Resposta
A corrosão por pite é um tipo de corrosão localizada que gera pequenas cavidades ou furos na superfície metálica devido à ruptura do filme passivo em presença, tipicamente, de íons cloreto. Identifica-se pela observação de depressões profundas e estreitas numa superfície aparentemente sã, confirmada por técnicas como inspeção visual, microscopia ótica/eletrônica e ensaios eletroquímicos (polarização potenciostática e espectroscopia de impedância).