Qual o critério para decidir se uma força é ou não fictícia?

Passo 1

O enunciado pergunta qual o critério para distinguir uma força fictícia de uma força “real” no contexto da mecânica clássica. Vamos usar os conceitos de referenciais inerciais e não inerciais e a forma como a segunda lei de Newton se aplica em cada caso.

Passo 2

Em um referencial inercial (ou seja, sem aceleração própria), vale diretamente a segunda lei de Newton:
sum vec Freais ;=; m,vec a,
Aqui todas as forças envolvidas têm origem em interações físicas (gravidade, contato, campos eletromagnéticos etc.) e obedecem ao princípio da ação e reação.

Passo 3

Quando você trabalha num referencial não inercial (que acelera ou roda), a segunda lei só se mantém se você “inventa” forças adicionais. Formalmente escrevemos:
sum vec Freais ;+;sum vec Ffictícias ;=; m,vec arel, í
Essas vec Ffictíciasí não vêm de interações materiais, mas sim da aceleração do referencial.

Passo 4

O critério prático é:
— Se a tal força desaparece completamente quando você passa para um referencial inercial (onde não há aceleração do sistema de coordenadas), então ela é fictícia.
— Se não existe nenhum agente físico ou par de reação correspondente (isto é, não há “quem empurra quem” no mundo real), então ela é fictícia.

Passo 5

Exemplos típicos:
— Força centrífuga num carro em curva:
surge porque seu referencial gira, desaparece num referencial fixo absoluto.
— Força de Coriolis na Terra:
só aparece porque estamos num referencial que gira; não há nenhum objeto real “empurrando” o corpo na direção de Coriolis.

Resposta

Uma força é fictícia se ela só existe em referenciais acelerados (não inerciais), não tem agente físico e desaparece ao passar para um referencial inercial.

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