(2,5) A determinação de arsênio em espectrometria de absorccão atômica em chama não é muito convencional, em razão da pequena quantidade de átomos residentes na chama, o que contribui para a baixa sensibilidade do método. No entanto, um ajuste específico do equipamento permite determinar As na amostra usando o equipamento em questão. Qual o problema da análise de As em espectrometria de absorção atômica em chama, e qual ajuste seria necessário para a análise?

Passo 1

Beleza, o exercício tá falando sobre determinação de arsênio (As) usando espectrometria de absorção atômica em chama. Matéria: “AAS em chama” e “técnicas de pré-concentração/atomização” (no caso, geração de hidretos). Para resolver, precisamos entender por que a chama “normal” é pouco sensível pro As e qual acessório ou ajuste adicionamos ao equipamento pra resolver isso.

Passo 2

Por que a chama sozinha não rola bem pra As?
  1. Na AAS em chama a gente vaporiza e atomiza a amostra. Só que, pro As, a fração de átomos livres na chama é muito pequena – muita parte fica em moléculas ou em formas não atomizadas.
  2. Isso faz o sinal de absorção ficar baixíssimo (baixa sensibilidade).
  3. Em termos de teoria, a equação básica de absorção é
A = varepsilon , b , c
onde A é absorbância, ε o coeficiente molar de absorção, b o caminho óptico e c a concentração de átomos livres. Se c é minúsculo (pouco As atômico), A fica minguada.

Passo 3

Qual é o ajuste “mágico”? Gerar hidreto de arsênio (AsH₃) antes de entrar na chama!
  1. A reação típica é:
As^3+ + 3,BH4^- + 3,H2O longrightarrow AsH3,(g) + 3,H2BO3^- + tfrac32,H2
  1. Esse AsH₃ (arsina) é gasoso e bem fácil de separar da matriz líquida.
  2. A gente injeta só o gás na chama (ou em um atomizador separado), e aí a fração de átomos livres de As cresce muito. Resultado: a absorbância sobe e a sensibilidade melhora um monte.

Resposta

O problema é que, na chama normal, pouquíssimos átomos de As ficam livres para absorver luz, gerando baixa sensibilidade. O ajuste necessário é usar Geração de Hidretos (HG‐AAS) para formar arsina (AsH₃) e introduzi-la na chama, aumentando drasticamente a fração de átomos livres e, consequentemente, a sensibilidade da análise.

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