Se dois átomos tiverem núcleos iguais, eles serão totalmente idênticos. Em seguida, diz-se que um mesmo átomo pode estar em um estado normal ou em um estado excitado. As duas afirmações do texto são coerentes? Explique.
Passo 1
O enunciado aborda dois pontos distintos da física atômica: (1) a identidade de um átomo é definida pelo seu núcleo, ou seja, pelo número de prótons (e, se for o caso, pelos nêutrons, definindo o isótopo); (2) um mesmo átomo pode estar no estado fundamental (normal) ou num estado excitado, que só altera a configuração eletrônica, sem mexer no núcleo. Para responder se essas duas afirmações se contradizem, vamos lembrar o que cada uma quer dizer.
Passo 2
A primeira afirmação, “se dois átomos tiverem núcleos iguais, eles serão totalmente idênticos”, refere-se à identidade química e isotópica. Dois núcleos com mesmo número de prótons e nêutrons definem átomos do mesmo elemento e mesmo isótopo. Isso garante que esses átomos têm a mesma massa nuclear e as mesmas propriedades químicas de base.
Passo 3
A segunda afirmação, “um mesmo átomo pode estar em um estado normal ou em um estado excitado”, diz respeito exclusivamente à distribuição de energia dos elétrons em torno do núcleo. No estado fundamental (normal), os elétrons ocupam os orbitais de menor energia. Num estado excitado, algum elétron absorveu energia e saltou para um orbital de energia maior.
Passo 4
Comparando as duas: a identidade de elemento/isótopo (definida pelo núcleo) não muda se o átomo é excitado ou não. A excitação só altera a configuração eletrônica, mas não afeta o número de prótons/nêutrons. Logo, ter núcleos iguais torna os átomos idênticos em termos de espécie atômica, e mesmo assim eles podem ocupar estados eletrônicos diferentes sem romper essa identidade nuclear.
Resposta
Sim, as afirmações são coerentes. A primeira trata da identidade do elemento (número de prótons e nêutrons do núcleo) e a segunda diz respeito ao estado eletrônico (fundamental ou excitado), que não altera o núcleo nem a identidade química do átomo.