3- Duas peças de aço SAE 1095 foram submetidas aos seguintes tratamentos térmicos:
Peça A - temperada em óleo e revenida para a dureza de 53 HRC
Peça B - austemperada para a dureza de 52 HRC
Qual das duas peças seria mais indicada para aplicações que envolvem impactos? Justifique sua resposta.
Peça A - temperada em óleo e revenida para a dureza de 53 HRC
Peça B - austemperada para a dureza de 52 HRC
Qual das duas peças seria mais indicada para aplicações que envolvem impactos? Justifique sua resposta.
Passo 1
O enunciado nos dá duas peças de aço SAE
que apresentam dureza praticamente semelhante (
HRC na peça A e
HRC na peça B) mas foram submetidas a tratamentos térmicos diferentes:
– Peça A: têmpera em óleo seguida de revenimento, gerando principalmente um microestrutural de martensita revenida.
– Peça B: austêmpera, que produz uma microestrutura de bainita (ausferrita).
O conteúdo aqui é comparar as propriedades de tenacidade (capacidade de absorver energia em impacto) entre martensita revenida e bainita.
– Peça A: têmpera em óleo seguida de revenimento, gerando principalmente um microestrutural de martensita revenida.
– Peça B: austêmpera, que produz uma microestrutura de bainita (ausferrita).
O conteúdo aqui é comparar as propriedades de tenacidade (capacidade de absorver energia em impacto) entre martensita revenida e bainita.
Passo 2
Entendendo a martensita revenida (peça A):
– A têmpera em óleo gera martensita, uma fase muito dura mas com tensões internas elevadas.
– O revenimento ajusta a dureza para cerca de HRC, aliviando parte das tensões, mas a microestrutura ainda mantém placazinhas de martensita que favorecem uma certa fragilidade sob choques repetidos.
– Em resumo, martensita revenida a essa dureza tem boa resistência estática, mas tenacidade moderada.
– A têmpera em óleo gera martensita, uma fase muito dura mas com tensões internas elevadas.
– O revenimento ajusta a dureza para cerca de
– Em resumo, martensita revenida a essa dureza tem boa resistência estática, mas tenacidade moderada.
Passo 3
Entendendo a bainita ausferrítica (peça B):
– A austêmpera mantém a peça a temperatura intermediária após a têmpera e promove a transformação direta para bainita em vez de martensita.
– A bainita apresenta uma combinação equilibrada de dureza ( HRC) e alta tenacidade, pois sua microestrutura em placas finas de ferrita misturadas com carboneto disperso absorve melhor a energia de impacto.
– Além disso, há menos tensões residuais do que na martensita, reduzindo a tendência a trincas por choque.
– A austêmpera mantém a peça a temperatura intermediária após a têmpera e promove a transformação direta para bainita em vez de martensita.
– A bainita apresenta uma combinação equilibrada de dureza (
– Além disso, há menos tensões residuais do que na martensita, reduzindo a tendência a trincas por choque.
Passo 4
Comparando os dois tratamentos:
– Ambas as peças têm dureza semelhante, mas a peça B (austemperada) possui bainita, que é conhecida por maior tenacidade e capacidade de absorver energia em impactos.
– A peça A (martensita revenida) é mais rígida por conta da martensita, mas tende a fraturar com mais facilidade sob impactos repetidos.
– Ambas as peças têm dureza semelhante, mas a peça B (austemperada) possui bainita, que é conhecida por maior tenacidade e capacidade de absorver energia em impactos.
– A peça A (martensita revenida) é mais rígida por conta da martensita, mas tende a fraturar com mais facilidade sob impactos repetidos.
Resposta
A peça B seria mais indicada para aplicações com impactos, pois a microestrutura bainítica obtida na austêmpera oferece maior tenacidade e resistência a choques do que a martensita revenida da peça A.