Por que os gases nobres são excluídos quando se fala de eletronegatividade?
Passo 1
O enunciado pergunta por que os gases nobres são excluídos na discussão de eletronegatividade. O conteúdo envolve o conceito de eletronegatividade
– capacidade de um átomo de atrair elétrons numa ligação química – e os critérios usados para atribuir valores de
, como na escala de Pauling e a de Mulliken.
Passo 2
Definimos eletronegatividade
como a tendência de um átomo em uma molécula de atrair elétrons ligantes.
Na escala de Pauling, usa-se a diferença entre energias de ligação: ,
e
.
Na escala de Mulliken, calcula-se
Na escala de Pauling, usa-se a diferença entre energias de ligação:
Na escala de Mulliken, calcula-se
onde
é a energia de ionização e
é a afinidade eletrônica.
Passo 3
Para aplicar Pauling, precisamos de energias de ligação entre átomos diferentes e idênticos.
Gases nobres têm camada de valência completa e, portanto, não formam ligações estáveis , de modo que não há dados experimentais confiáveis de
para obter
.
Gases nobres têm camada de valência completa e, portanto, não formam ligações estáveis
Passo 4
Na escala de Mulliken, gases nobres apresentam afinidade eletrônica
nula ou negativa (não formam aniões) e energias de ionização muito altas. Isso impede calcular um valor significativo de
.
Passo 5
Como não formam ligações químicas nem íons estáveis, faltam dados de energia de ligação ou de afinidade eletrônica para definir eletronegatividade nos gases nobres.
Resposta
Os gases nobres são excluídos pois, com sua camada de valência completa, não formam ligações químicas nem íons estáveis, de modo que não há dados experimentais (energias de ligação ou afinidade eletrônica) para calcular eletronegatividade.