1. Liste algumas aplicações da condutimetria direta e da titulação condutimétrica. Em que caso é necessário conhecer-se a constante da célula condutimétrica (l/A)? Justifique.

Passo 1

O enunciado pede que a gente descreva usos típicos de duas técnicas eletroanalíticas — condutimetria direta e titulação condutimétrica — e ainda explique em que situação é preciso conhecer a constante da célula condutimétrica (l/A). O conteúdo aqui é eletroquímica analítica e vamos usar a definição de condutividade e o conceito de célula de medida para entender quando o fator geométrico importa.

Passo 2

Aplicações da condutimetria direta
– determinação de concentração de eletrólitos fortes (por exemplo, sais em água, soluções de ácidos e bases fortes);
– acompanhamento do grau de dissociação de ácidos ou bases fracos (por mudança de condutividade conforme a concentração varia);
– controle de pureza de água em indústrias (água deionizada versus água de processo);
– monitoramento de processos industriais (por exemplo, decapagem ácida, curtimento, tratamento de efluentes);
– caracterização de soluções iônicas em bioquímica ou farmacêutica (medida de íons em fluidos biológicos).

Passo 3

Aplicações da titulação condutimétrica
– titulações ácido-base sem indicadores visuais, especialmente quando a solução é turva ou colorida (por exemplo, neutralização de ácidos orgânicos fracos);
– titulações de precipitação (por exemplo, AgN versus C , B ou C ), onde a condutância cai ao ultrapassar o ponto de equivalência;
– titulações redox quando a reação gera íons de condutividade distinta (por exemplo, C/F);
– determinação de dureza da água (CM com EDTA condutimétrico);
– controle de processos que envolvem mudança de composição iônica em seções de reação.

Passo 4

Quando é necessário conhecer a constante da célula (l/A)
– A condutância G medida entre os eletrodos só vale em si como inverso de resistência. Para converter em condutividade ou condutividade específica kappa (que é a propriedade física da solução), usamos
kappa = G times lA
– Se o objetivo é obter concentrações absolutas a partir de kappa (caso da condutimetria direta quantitativa), precisamos conhecer lA, pois sem esse fator geométrico não dá para passar de condutância para condutividade.
– Numa titulação condutimétrica típica, a dinâmica do ponto de equivalência vem da variação relativa de G e não de kappa absoluta, então costuma-se dispensar o valor exato de lA.

Resposta

– Aplicações da condutimetria direta: determinação de concentração de eletrólitos fortes, grau de dissociação de ácidos/bases fracos, controle de pureza de água e monitoramento de processos industriais.
– Aplicações da titulação condutimétrica: titulações ácido-base sem indicador visual, precipitação (AgN O3 vs haletos), titulações redox e determinação de dureza da água.
– A constante da célula (l/A) é necessária sempre que quisermos converter a condutância medida G em condutividade específica kappa para obter concentrações absolutas, ou seja, na condutimetria direta quantitativa.

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