Medidas de RMN mostraram que a poli-L-lisina é uma cadeia aleatória em pH 7 , mas se torna uma hélice
quando o pH é elevado acima de 10.
Preveja a influência do pH na transição hélice-aleatória do poli-
-glutamato.
Preveja a influência do pH na transição hélice-aleatória do poli-
Passo 1
O enunciado mostra que a conformação da poli-
-lisina muda de random coil a pH 7 para hélice
acima de pH 10. Esse comportamento reflete o estado de ionização das cadeias laterais de lisina e o papel do repulsão eletrostática na estabilidade da hélice. Para prever o que acontece com o poli-
-glutamato, vamos usar o mesmo raciocínio: comparar o
da cadeia lateral do glumatico com o pH e avaliar como o carregamento afeta a hélice.
Passo 2
Na poli-
-lisina a cadeia lateral é –
(pK
).
- Abaixo de pH 10, as aminas estão protonadas
, carregadas positivamente e se repelem, desfavorecendo a hélice (\emph{random coil}). - Acima de pH 10, as aminas perdem próton e ficam neutras
, aliviando a repulsão e permitindo formar hélice .
Passo 3
Na poli-
-glutamato a cadeia lateral é –
com pK
.
- Acima de pH 4, o grupo está desprotonado
, carregado negativamente e se repele, desfavorecendo a hélice (\emph{random coil}). - Abaixo de pH 4, o grupo está protonado
, neutro, reduzindo repulsão e favorecendo a hélice .
Passo 4
Concluímos que o poli-
-glutamato será random coil em pH fisiológico (pH 7) e somente formará hélice
quando o meio ficar suficientemente ácido (pH <
), ou seja, bem abaixo do pH onde a poli-
-lisina muda.
Resposta
A poli-
-glutamato adota random coil em pH 7 e só se torna hélice
em pH inferior a aproximadamente 4, invertendo o comportamento observado na poli-
-lisina.