Se as moléculas da atmosfera espalhassem mais a luz de baixa frequência do que a de alta frequência, de que cor seria o céu? De que cor seriam os poentes?
Passo 1
O enunciado nos coloca em uma situação “hipotética” de espalhamento atmosférico invertido: em vez de as moléculas espalharem mais a luz de alta frequência (curta
), elas espalhariam mais a luz de baixa frequência (grande
). Normalmente, no espalhamento de Rayleigh, temos
o que explica o céu azul. Aqui, para inverter, pensaríamos em
Vamos usar esse raciocínio para determinar a cor do céu durante o dia e nos poentes.
Passo 2
Durante o dia, o que vemos do céu é basicamente a luz espalhada pelas moléculas em todas as direções. Se agora as moléculas espalham mais as ondas longas (baixa frequência, vermelha), a luz dominante no céu espalhado será vermelha. Logo, nosso céu diurno ficaria vermelho.
Passo 3
No pôr do sol, a luz do Sol atravessa uma grande espessura de ar antes de chegar aos nossos olhos. Nesse trajeto mais longo, a componente vermelha (baixa frequência) é ainda mais espalhada para fora do feixe, sendo removida da luz direta que chega até nós. Sobram então as frequências mais altas (azuis) no feixe que vemos como Sol próximo ao horizonte. Por isso, os poentes, ao invés de vermelhos, ficariam com o Sol azulado.
Resposta
O céu seria vermelho e os poentes teriam a cor azul.