Por que não se recomenda usar revestimentos cerâmicos de cor escura para fachadas externas? (0,5pt)

Passo 1

O enunciado pergunta por que não é recomendado usar revestimentos cerâmicos de cor escura em fachadas externas. Aqui o conteúdo envolve transferência de calor por radiação solar e as propriedades ópticas das superfícies (reflectância e absortância). Vamos precisar entender como a cor influencia a energia solar absorvida e as consequências térmicas e estruturais para a fachada.

Passo 2

Superfícies escuras apresentam baixa reflectância e alta absortância de radiação solar, ou seja, absorvem uma fração maior da energia incidente. Se I é a irradiância solar e \alpha o coeficiente de absortância, a potência térmica absorvida por unidade de área é
Q_{\mathrm{abs}} = \alpha \, I,
onde superfícies escuras podem ter \alpha\approx0{,}8\text{–}0{,}9, enquanto as claras ficam em torno de \alpha\approx0{,}2\text{–}0{,}4. Esse aumento de Q_{\mathrm{abs}} eleva significativamente a temperatura da cerâmica e da alvenaria por trás dela. As consequências principais são:
  1. Maior transferência de calor para o interior do edifício, gerando desconforto térmico e aumento do consumo de ar-condicionado.
  2. Ciclos térmicos mais intensos de aquecimento e resfriamento, que podem causar dilatações e contrações acentuadas na peça cerâmica, levando a fissuras e eventual descolamento do revestimento.
  3. Aumento da degradação da cor (desbotamento) e possíveis manchas superficiais devido à maior temperatura e radiação UV absorvidas.

Resposta

Porque revestimentos escuros absorvem muito mais radiação solar ( \alpha alto), aquecem excessivamente a fachada, provocando desconforto térmico, maior consumo de energia e danos por dilatações e fissuras que podem levar ao descolamento do cerâmico.

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