Porque conhecer a geologia e a evolução da Rocha é importante para definição do comportamento geotécnico dos solos residuais?
Passo 1
O enunciado pergunta por que conhecer a geologia e a evolução da rocha é fundamental para definir o comportamento geotécnico dos solos residuais. O conteúdo envolve Engenharia Geotécnica e Geologia de Engenharia, focando na formação in situ de solos a partir do intemperismo de uma rocha-pai e nas propriedades resultantes.
Passo 2
Definimos solo residual como o material que permanece no lugar após o intemperismo químico e físico da rocha-pai. Esse processo gera um perfil de alteração cujo caráter (espessura, diversidade de fases minerais e estrutura) reflete diretamente as condições geológicas originais.
A composição mineralógica da rocha-pai (silicatos, feldspatos, micas etc.) determina os tipos de argila formados e as frações de areia e silte no solo residual. Isso afeta plasticidade, retração-inchaço, compressibilidade e reatividade química, que são parâmetros geotécnicos críticos.
A composição mineralógica da rocha-pai (silicatos, feldspatos, micas etc.) determina os tipos de argila formados e as frações de areia e silte no solo residual. Isso afeta plasticidade, retração-inchaço, compressibilidade e reatividade química, que são parâmetros geotécnicos críticos.
Passo 3
A estrutura original da rocha (estratificação, foliação, fraturas, diaclasas) imprime uma macroestrutura ao solo residual. Essas descontinuidades controlam a permeabilidade preferencial, a anisotropia mecânica e a distribuição dos poros, influenciando a resistência ao cisalhamento e o escoamento de água.
Passo 4
O histórico geológico — incluindo clima (tropical, temperado), drenagem, tempo de exposição e eventos tectônicos — regula o grau de alteração, a formação de horizontes lateríticos ou nivelações e as variações verticais de propriedades. Assim surgem camadas com comportamentos geotécnicos distintos no mesmo perfil.
Passo 5
A junção desses fatores (mineralogia, estrutura e grau de intemperismo) explica as principais propriedades geotécnicas do solo residual, como resistência ao corte, deformabilidade, compressibilidade, permeabilidade e estabilidade de taludes. Sem esse conhecimento não é possível prever com segurança o comportamento do solo em obras de fundações, aterros ou escavações.
Resposta
Conhecer a geologia e a evolução da rocha é crucial porque o tipo mineralógico, a estrutura original e o grau de intemperismo controlam diretamente as propriedades geotécnicas dos solos residuais — resistência, deformabilidade, permeabilidade e anisotropia —, servindo de base para projetos de engenharia confiáveis.