Quanto a trabalhabilidade, quais as propriedades que mais influenciam e quais os ensaios mais utilizados para medir tais propriedades.

Passo 1

Beleza, o enunciado tá perguntando sobre trabalhabilidade de concreto (ou argamassa): quer saber quais propriedades influenciam mais essa trabalhabilidade e quais ensaios a gente usa pra medir essas propriedades. O conteúdo é Resistência e Durabilidade de Materiais (mais focado em concretos e argamassas) e vamos precisar relembrar o que é trabalhabilidade, entender seus fatores e depois listar os testes padrão.

Passo 2

O que é trabalhabilidade mesmo? Na prática, é o quão fácil o concreto (ou argamassa) é de misturar, adensar, transportar e acabamento, sem separar água ou agrega­dos. Ela envolve dois conceitos principais:
  • Consistência: está mais ligada à fluidez/“slump” do material.
  • Coesão/viscosidade: quanto o material resiste a segregar (não deixar a água sair nem os grãos se separarem).

Passo 3

Propriedades que mais influenciam a trabalhabilidade
  1. Relação água/cimento (w/c):
    • Quanto mais água, mais fluido (consistência alta), mas menor coesão e resistência.
    • Representa se o concreto vai ser muito “rala” ou muito “duro”.
  2. Granulometria e forma dos agregados:
    • Agregados bem graduados (tamanhos variados) “encaixam” melhor e deixam menos vazios.
    • Agregados arredondados melhoram a fluidez; angulosos “travam” e deixam o concreto menos fácil de mexer.
  3. Teor de finos (areia e pó mineral):
    • Fibras e finos aumentam coesão, evitam segregação, mas podem diminuir fluidez se em excesso.
  4. Adições e aditivos:
    • Plastificantes e superplastificantes aumentam a fluidez sem aumentar a w/c.
    • Retardadores, aceleradores e sílicas ativadas também alteram a deformação e limpeza de superfície.
  5. Tempo e temperatura:
    • Concreto quente endurece mais rápido; frio, mais devagar. Isso afeta a trabalhabilidade na obra.

Passo 4

Ensaios mais usados para medir essas propriedades
  1. Ensaio de abatimento (Slump test – NBR 9778):
    • Mede a consistência pelo abatimento de um tronco de cone.
  2. Slump Flow (NBR 16818 para autoadensantes):
    • Sem vibração, mede diâmetro de espalhamento; avalia fluidez e viscosidade.
  3. Compacting Factor Test (NBR 9782):
    • Mede compactação do concreto em duas câmaras; reflete fluidez/co­esão.
  4. Ensaios de Vebe (NBR 9777):
    • Mede o tempo para vibrar um volume de concreto, indicando fluidez sob vibração.
  5. Flow Table (NBR 11768 para argamassa):
    • Semelhante ao slump, mas bate-se a mesa e mede-se o espalhamento da argamassa.
  6. Teste L-Box e U-Box (para autoadensantes):
    • Avalia passagem em perfis estreitos e capacidade de preencher sem segregar.
  7. V-Funnel (NBR 16732 para autoadensantes):
    • Mede o tempo de escoamento em forma de funil, avaliando viscosidade e fluidez.

Resposta

Propriedades que mais influenciam a trabalhabilidade:
  • Relação água/cimento (w/c)
  • Granulometria e forma dos agregados
  • Teor de finos (areia e pó mineral)
  • Adições e aditivos (plastificantes, superplastificantes)
  • Tempo e temperatura do concreto
Principais ensaios para medir essas propriedades:
  • Abatimento (Slump test – NBR 9778)
  • Slump Flow (NBR 16818)
  • Compacting Factor (NBR 9782)
  • Vebe (NBR 9777)
  • Flow Table (NBR 11768)
  • L-Box, U-Box e V-Funnel (para concretos autoadensantes)

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