Questão 2. Correlacione estrutura intramolecular dos polímeros com o grau de cristalinidade. Cite um exemplo de cada situação.

Passo 1

O enunciado pede para relacionar como a microestrutura intramolecular de um polímero (linearidade, ramificações, tacticidade, tamanho e regularidade de grupos laterais) afeta o seu grau de cristalinidade. O conteúdo aqui é química de polímeros, mais especificamente como a geometria e regularidade das cadeias influenciam o empacotamento e formação de regiões cristalinas.

Passo 2

Cadeias lineares e regulares (isto é, sem ramificações laterais volumosas e com repetição de monômeros sempre no mesmo arranjo estereoquímico, p. ex. isotacticidade) conseguem alinhar-se lado a lado de modo ordenado. Esse alinhamento favorece fortes interações de van der Waals entre segmentos vizinhos, permitindo o crescimento de domínios cristalinos. Quanto maior a regularidade e menor o volume dos grupos laterais, maior será o grau de cristalinidade.

Passo 3

Cadeias ramificadas ou irregulares (com muitos galhos, com atacticidade ou com grupos laterais volumosos e descontínuos) impedem o arranjo ordenado. As ramificações criam “espécies de nós” que perturbam o empacotamento paralelo das cadeias, reduzindo ou até impedindo a formação de regiões cristalinas, resultando em polímeros largamente amorfos (baixa cristalinidade).

Passo 4

Podemos classificar assim:
  1. Alto grau de cristalinidade – polímeros lineares, tacticamente regulares e com pequenos grupos laterais.
  2. Baixo grau de cristalinidade – polímeros ramificados, atacticamente irregulares ou com grupos laterais volumosos.

Resposta

Alto grau de cristalinidade – cadeias lineares e isotáticas
Exemplo: polietileno de alta densidade (HDPE) ou polipropileno isotático.
Baixo grau de cristalinidade – cadeias ramificadas ou atáticas com grupos volumosos
Exemplo: polietileno de baixa densidade (LDPE) ou poliestireno atático.

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