A relação V=R I é verdadeira para resistores não ôhmicos? Explique.

Passo 1

O enunciado pergunta se a relação V = R cdot I vale para resistores não-ôhmicos. O conteúdo envolve a Lei de Ohm e a distinção entre resistores ôhmicos (onde a resistência é constante) e não-ôhmicos (onde a resistência varia). Para responder, vamos revisar o que caracteriza cada caso e ver por que a fórmula se aplica ou não.

Passo 2

Um resistor é dito ôhmico quando a corrente é diretamente proporcional à tensão aplicada. Graficamente, o diagrama Vtimes I é uma reta que passa pela origem e tem declividade constante. Nessa situação vale
V = R,I
com R fixo, igual ao quociente tfracVI em qualquer ponto da reta.

Passo 3

Em contraste, um resistor não-ôhmico apresenta curva Vtimes I não-linear, pois fenômenos internos—como variação de temperatura, efeitos de junção em semicondutores, entre outros—fazem a “resistência” mudar conforme o ponto de operação. Nesse caso não há proporcionalidade simples entre V e I.

Passo 4

Para um não-ôhmico não existe um único valor de R que satisfaça V=R,I para todas as correntes. Podemos, em cada ponto, definir
Rest=VI
(chamado de resistência estática) ou
r=dVdI
(resistência dinâmica), mas ambos variam ao longo da curva.

Resposta

Não. A fórmula V=R,I com R constante vale apenas para resistores ôhmicos. Em resistores não-ôhmicos a relação entre tensão e corrente é não-linear, de modo que não existe um único valor de R que satisfaça globalmente V=R,I.

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