No ar que respiramos existem os chamados gases inertes. Trazem curiosos nomes gregos, que significam o Novo, o Oculto, o Inativo. E de fato são de tal modo inertes, tão satisfeitos em sua condição, que não interferem em nenhuma reação química, não se combinam com nenhum outro elemento e justamente por esse motivo ficaram sem ser observados durante séculos: só em 1962 um químico, depois de longos e engenhosos esforços, conseguiu forçar o Estrangeiro (o xenônio) a combinar-se fugazmente com o flúor ávido e vivaz, e a façanha pareceu tão extraordinária que lhe foi conferido o Prêmio Nobel.
LEVI, P. A tabela periódica. Rio de Janeiro: RelumeDumará,1994 (adaptado).
Qual propriedade do flúor justifica sua escolha como reagente para o processo mencionado?
a) Densidade.
b) Condutância.
c) Eletronegatividade.
d) Estabilidade nuclear.
e) Temperatura de ebulição.
LEVI, P. A tabela periódica. Rio de Janeiro: RelumeDumará,1994 (adaptado).
Qual propriedade do flúor justifica sua escolha como reagente para o processo mencionado?
a) Densidade.
b) Condutância.
c) Eletronegatividade.
d) Estabilidade nuclear.
e) Temperatura de ebulição.
Passo 1
Beleza, o enunciado conta que os gases nobres (inertes) quase não reagem com nada, mas em 1962 o xenônio (Xe) conseguiu reagir com flúor (F) – e isso foi inédito! A pergunta é: “Que propriedade do flúor justifica essa escolha como reagente?”.
Conteúdo: tabela periódica e propriedades periódicas, especialmente eletronegatividade.
O que precisamos: lembrar o que cada opção significa e ver qual delas faz o flúor tão “pegajoso” por elétrons, a ponto de forçar um nobre a reagir.
Conteúdo: tabela periódica e propriedades periódicas, especialmente eletronegatividade.
O que precisamos: lembrar o que cada opção significa e ver qual delas faz o flúor tão “pegajoso” por elétrons, a ponto de forçar um nobre a reagir.
Passo 2
Vamos revisar cada propriedade listada:
- Densidade: relaciona massa e volume, não tem a ver direto com reatividade química.
- Condutância: capacidade de conduzir corrente elétrica, nada a ver com combinar átomos.
- Eletronegatividade: tendência de um átomo atrair elétrons numa ligação química.
- Estabilidade nuclear: diz respeito ao núcleo e decaimento radioativo, não a ligações.
- Temperatura de ebulição: ponto onde o gás vira líquido, também não pesa na criação de ligações.
Passo 3
O que faz um reagente “puxar” o átomo de outro pra formar ligação é a eletronegatividade – quanto maior, mais forte é essa puxada pelos elétrons compartilhados. O flúor é o elemento mais eletronegativo da tabela periódica (valor de 4,0 na escala de Pauling!), ou seja, é o campeão em “atrair” elétrons para si.
Passo 4
Como o xenônio é super “relax” e não quer ceder elétrons, só um átomo que puxa com muita força é capaz de forçar essa combinação. Logo, a propriedade que explica a escolha do flúor é a eletronegatividade.
Resposta
c) Eletronegatividade.