O sistema de numeração binário é o mais importante em sistemas digitais, mas há outros também importantes. É especialmente difícil tentar transmitir uma quantidade binária quando se está falando com alguém. O sistema de numeração de base hexadecimal (base 16) se tornou a maneira padrão de comunicar valores numéricos em sistemas digitais. A grande vantagem é que os números hexadecimais podem ser facilmente convertidos para o sistema binário e vice-versa. Veremos que muitas ferramentas de computador avançadas, que são projetadas para ajudar criadores de softwares a lidar com problemas ou vírus em seus programas, usam o sistema de numeração hexadecimal para inserir números armazenados no computador como binários e exibi-los novamente como hexadecimais. Outras maneiras de representar quantidades decimais com dígitos codificados em binário foram inventadas. Apesar de não serem realmente sistemas de numeração, facilitam a conversão entre o código binário e o sistema de numeração
decimal. Esses códigos costumam ser chamados de decimal codificado em binário (BCD). Quantidades e padrões de bits podem ser representados por quaisquer desses métodos em qualquer sistema dado e em todo o material escrito referente ao sistema digital. Por isso, é muito importante que você seja capaz de interpretar valores em qualquer sistema e efetuar conversões entre quaisquer dessas representações numéricas. Dessa forma, existem outros códigos que usam 1s e 0s para representar elementos como caracteres alfanuméricos. Apresente e explique os seguintes códigos:
ASCII

Passo 1

O enunciado pede para apresentarmos e explicarmos o código ASCII, que é um dos esquemas mais usados em sistemas digitais para representar caracteres alfanuméricos (letras, dígitos, símbolos e códigos de controle) por meio de sequências de bits. Vamos ver a origem, a organização em faixas de código e como converter entre representação decimal, hexadecimal e binária.

Passo 2

ASCII (American Standard Code for Information Interchange) foi padronizado em 1963 pela ASA (atual ANSI). Na forma original usa 7 bits por caractere, permitindo até 2^7=128 códigos distintos, numerados de \,0 a \,127. Cada código associa um valor numérico a um caractere ou a uma função de controle (como avanço de linha).

Passo 3

A tabela ASCII divide-se em duas grandes faixas:
\bullet Códigos de controle ( 0 31 e 127): não imprimíveis, servem para funções como NUL ( 0), LF “line feed” ( 10), CR “carriage return” ( 13) e DEL ( 127).
\bullet Caracteres imprimíveis ( 32 126), organizados em subgrupos:
– Espaço “ ” em \,32.
– Dígitos decimais “ 0”–“ 9” em \,48 \,57.
– Letras maiúsculas “A”–“Z” em \,65 \,90.
– Letras minúsculas “a”–“z” em \,97 \,122.
– Pontuação e símbolos diversos nos intervalos restantes.

Passo 4

Para converter um código ASCII entre decimal, hexadecimal e binário:
– Pegue o valor decimal do caractere.
– Converta para hexadecimal dividindo sucessivamente por 16.
– Converta para binário dividindo por 2 até obter 7 bits (na forma original).
Exemplos:
– “A”: decimal \,65, hexadecimal \,0x41, binário \,0100001.
– “ 0”: decimal \,48, hexadecimal \,0x30, binário \,0110000.

Resposta

O código ASCII é um mapeamento de até 128 valores ( 0 127) em que cada valor decimal corresponde a um caractere de controle ou imprimível. Usa-se 7 bits na forma original, com divisões internas para controle, dígitos, letras maiúsculas, minúsculas e símbolos, e pode ser representado em decimal, hexadecimal (ex.: “A” = 0x41) ou binário (ex.: “A” = 0100001).

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