9- Quando se usa a titulação de substituição com EDTA?

Passo 1

O enunciado pergunta “Quando se usa a titulação de substituição com EDTA?”. Esse tipo de volumetria faz parte do conteúdo de determinação de íons metálicos por complexometria. Para resolver, precisamos entender o princípio da titulação de substituição e os casos práticos em que ela se torna mais vantajosa do que a titulação direta com EDTA.

Passo 2

A titulação de substituição (ou retrotitração indireta) funciona assim:
  1. Adiciona-se um excesso conhecido de EDTA à amostra, garantindo que todo o metal M_1 da amostra forme o complexo \text{M}_1–EDTA.
  2. Sob condição de pH controlado (para que só o complexo desejado seja estável), esse excesso de EDTA é titulado com uma solução padrão de outro metal M_2 (por exemplo, \text{Zn}^{2+} ou \text{Cu}^{2+}), usando indicador metalocrômico que muda de cor quando forma \text{M}_2–EDTA.
  3. A quantidade de EDTA consumida por M_2 permite calcular o excesso inicial e, por diferença, a quantidade de EDTA que complexou M_1, daí determinando M_1.

Passo 3

Esse procedimento é indicado sempre que a titulação direta de M_1 com EDTA for difícil ou pouco precisa, por exemplo:
  • Quando o complexo \text{M}_1–EDTA se forma muito lentamente ou requer ajuste de pH muito extremo.
  • Quando a amostra é muito colorida ou turva, impedindo a leitura correta do ponto de viragem do indicador usado na titulação direta.
  • Quando existem interferentes que formam precipitados ou complexos com o indicador metalocrômico.
  • Exemplos típicos: determinação de alumínio, estanho(II), certos metais de transição que têm constantes de formação baixas ou reações lentas.

Resposta

A titulação de substituição com EDTA é usada quando não é viável ou precisa titular diretamente o metal da amostra (por reações lentas, pH impróprio, interferentes, turbidez ou coloração), adicionando-se excesso de EDTA e retrotitulando o remanescente com um metal padrão que forma complexo rápido e bem indicado.

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