Você está observando a chama amarela de uma vela e seu colega de laboratório afirma que a luz da chama tem origem atômica. Você discorda, afirmando que a chama da vela é quente, logo a radiação precisa ser de origem térmica. Antes que saiam no tapa, como vocês poderiam determinar quem tem razão?

Passo 1

O enunciado pergunta se a luz amarela de uma vela vem de transições atômicas (linhas espectrais bem definidas) ou de radiação térmica (espectro contínuo como corpo negro). Para decidir, vamos usar conceitos de espectroscopia: emissão atômica gera linhas discretas, enquanto radiação térmica de partículas quentes gera espectro contínuo com distribuição de Planck.

Passo 2

A teoria diz que um corpo quente emite um espectro contínuo descrito pela lei de Planck, com intensidade que varia suavemente com o comprimento de onda. Já átomos excitados emitem fótons em comprimentos de onda específicos, gerando faixas estreitas (linhas) no espectro.

Passo 3

Para testar, montamos um espectrômetro (ou uso de grade de difração/prisma) apontado para a chama da vela. Registramos a intensidade da luz em função do comprimento de onda, obtendo o espectro de emissão da chama.

Passo 4

Se o gráfico mostrar um contínuo suave, possivelmente com pico aproximado ao amarelado, confirmamos origem térmica. Se aparecerem risquinhos (linhas) bem estreitos em comprimentos de onda específicos, são transições atômicas predominantes.

Passo 5

Na prática, o espectro da chama de vela exibe um forte contínuo (devido ao carvão incandescente das partículas de fuligem) e sobre ele linhas de sódio (às vezes) em 589 nm. Como o contínuo domina a emissão amarela, conclui-se que a maior parte da luz é de origem térmica.

Resposta

Basta observar o espectro da chama com um espectrômetro: um espectro contínuo caracteriza emissão térmica, enquanto linhas devem revelar origem atômica. A chama de vela exibe principalmente um contínuo, logo é radiação térmica.

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