[6] Um estudo de coorte observou 800 crianças de uma escola, quanto a reinfestação de Entamoeba histolytica por consumo de água não encanada, após tratamento maciço contra parasitos intestinais. Após seis meses, por meio de exame de fezes e da aplicação de um questionário estabeleceu-se que, das 800 crianças, 350 crianças bebiam água não encanada, e que das 120 crianças portadoras de Entamoeba histolytica, 80 usavam água não encanada. Justifique se o uso de água não encanada deve ser considerado fator de risco do desfecho e determine a proporção de casos que poderiam ser atribuídos a esse fator.
Passo 1
O enunciado descreve um estudo de coorte em
crianças acompanhadas por seis meses para avaliar a reinfestação por Entamoeba histolytica em função do consumo de água não encanada. Precisamos:
- Organizar os dados numa tabela
. - Calcular a incidência no grupo exposto
e no não exposto . - Calcular o risco relativo
para verificar se a água não encanada é fator de risco . - Determinar a proporção de casos atribuível a esse fator na população (fração atribuível populacional, PAF).
Passo 2
Montamos a tabela
com exposição e desfecho:
Passo 3
Calculamos as incidências:
O risco relativo é
Como
, o uso de água não encanada é fator de risco para reinfestação.
Passo 4
A fração atribuível populacional (PAF) mede a proporção de todos os casos que poderia ser evitada se a exposição fosse eliminada:
Resposta
Certo: o risco relativo
indica que o uso de água não encanada é fator de risco. A proporção de casos na população atribuível a esse fator é cerca de
.