O velho pai em seu leito de morte chamou seus dois filhos e murmurou: “Como vocês sabem, tenho uma grande extensão de terra e não pretendo dividi-la. Pô-los-ei a uma prova: cada um de vocês apanhe um cavalo e o dono do último cavalo que chegar à cidade de Meca ficará sozinho com a herança”.
O velho pai morreu e o filho F1 tomou o cavalo C1 e o filho F2 tomou o cavalo C2. Naturalmente passaram-se anos e nem a F1 e nem a F2 interessava chegar primeiro a Meca.
Em busca de uma solução, procuraram um juiz. Este lhes deu uma sugestão, sem contrariar a proposição do velho pai e os dois saíram em disparada, cada um querendo chegar primeiro que o outro a Meca.
Qual a sugestão do juiz?

Passo 1

O enunciado relata um dilema “incentivos perversos”: o pai decretou que o dono do último cavalo a chegar em Meca ficará com toda a herança. Os dois filhos, F1 e F2, montaram em seus cavalos C1 e C2, respectivamente, e então não quiseram sair de fato — se chegarem primeiro, perdem.

Passo 2

Como nenhum dos dois quer chegar antes (pois o último cavalo a chegar vence), ambos ficam empacados e a prova não avança. Isso mostra que a condição “quem chega por último” gera estagnação.

Passo 3

O juiz, para realinhar os incentivos sem contrariar a condição original, sugere: troquem de cavalo. Assim F1 monta em C2 e F2 monta em C1.

Passo 4

Mantendo a regra do pai (“o dono do último cavalo a chegar ganha”), após a troca cada participante passa a ser proprietário do cavalo que o outro monta. Para fazer seu cavalo original chegar por último, agora cada um precisa chegar primeiro — o que reverte o impasse e faz ambos saírem em disparada.

Resposta

O juiz os mandou simplesmente trocar de cavalo antes de largar.

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