Por que em algumas titulações de óxido redução, não é utilizado indicador? Justifique a sua resposta.

Passo 1

O enunciado nos pergunta por que, em certas titulações de oxi–redução, não se adiciona um indicador de cor (como nos titrimétricos ácido–base). O conteúdo envolve detecção do ponto de equivalência em titulações redox, que se baseia em variações de potencial eletroquímico ou na própria cor do agente titulante.

Passo 2

Em titulações ácido–base, o ponto de equivalência coincide com uma grande variação de pH, então usamos indicadores ácidos–bases que mudam de cor num intervalo de pH bem definido. Já em titulações redox a variação de pH pode ser pequena ou irrelevante para o sistema redox em questão, de modo que um indicador de pH não sinalizaria o fim da reação.

Passo 3

Muitos agentes titulantes redox são autoindicadores: eles mudam de cor quando se esgotam ou quando há excesso. Por exemplo, na permanganometria o titulante é \mathrm{KMnO_4}, cuja cor roxa desaparece ao reduzir-se a \mathrm{Mn^{2+}} (incolor) e no primeiro excesso forma-se um ligeiro tom rosa persistente, sinalizando o ponto de equivalência sem necessidade de outra substância colorimétrica.

Passo 4

Quando não há autoindicação pela cor do titulante, costuma-se empregar métodos instrumentais, como potenciometria ou condutimetria. Neles inserimos um eletrodo indicador e monitoramos o salto brusco de potencial (ou de condutividade) que ocorre exatamente no ponto de equivalência, dispensando qualquer indicador químico.

Resposta

Em algumas titulações redox não se usa indicador porque ou o próprio agente titulante atua como autoindicador (mudando de cor ao passar do ponto de equivalência) ou então se detecta o término da titulação por métodos instrumentais (potenciometria, condutimetria), em que as grandes variações de potencial ou condutividade cumprem o papel de indicador.

Exercícios relacionados