A antiga União Soviética empregou enormes quantidades de recursos majoritariamente para aumentar o seu estoque de capital físico, e, eventualmente, o crescimento do PIB do país se estagnou. Baseado no conteúdo estudado, explique por que isso era inevitável.
Passo 1
Beleza, olha o que a questão tá pedindo: a antiga União Soviética jogou um montão de recursos pra aumentar seu estoque de capital físico (fábricas, máquinas etc.), mas o PIB parou de crescer. A matéria aqui é Teoria de Crescimento Econômico (modelo de Solow). Pra resolver, a gente vai precisar entender a função de produção agregada, o conceito de retornos marginais decrescentes ao capital e o papel do progresso tecnológico.
Passo 2
Antes de tudo, vamos lembrar da função de produção agregada mais simples do modelo de Solow:
onde Y é PIB, K é capital físico e L é trabalho. Se considerarmos o mesmo nível de trabalho e foco só em capital por trabalhador, definimos
e
, daí:
A teoria diz que essa
tem retornos marginais decrescentes: quanto mais capital a gente coloca por trabalhador, menor o ganho extra de output.
Passo 3
No modelo, o estoque de capital por pessoa evolui assim:
onde
• é a taxa de poupança (fração do PIB que vai pra investimento),
• é a taxa de crescimento da população (trabalho),
• é a taxa de depreciação do capital.
Isso mostra que o capital só cresce se o investimento novo for maior que a perda
.
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•
•
Isso mostra que o capital só cresce se o investimento novo
Passo 4
Eventualmente, chega num ponto
em que investimento novo = depreciação total:
Esse
é o “estado estacionário”. Aí
e, consequentemente,
: o PIB por trabalhador para de crescer.
Passo 5
O pulo do gato é: sem progresso tecnológico (aumentos em効iência que deslocam a função
para cima), você só cresce acumulando capital até bater nesses retornos marginais cada vez menores e atingir
. Depois disso, não adianta pôr mais máquinas, o crescimento estagna.
Resposta
Era inevitável que o crescimento soviético parasse porque, no modelo de crescimento de Solow, acumular apenas mais capital físico gera retornos cada vez menores e acaba levando ao estado estacionário (
), a menos que haja progresso tecnológico para deslocar a curva de produção.