Considerando o contexto:
A empresa Norte Indústria de Equipamentos Ltda., do setor de máquinas agrícolas, enfrenta um dilema estratégico.
O mercado tem se tornado altamente competitivo, e a empresa precisa decidir sobre o destino de uma de suas linhas de produção.
O Conselho de Administração exige uma decisão fundamentada e orientada por princípios da tomada de decisão racional: ilimitada ou limitada.
Considerando as limitações segundo a teoria de Simon, quais motivos poderiam levar os gestores a uma decisão não totalmente racional nesse caso?
Cite pelo menos possíveis e comente brevemente sobre elas.

Passo 1

O problema pede que identifiquemos, segundo a teoria da racionalidade limitada de Herbert Simon, quais fatores podem levar os gestores da Norte Indústria a uma decisão “menos do que totalmente racional” sobre a linha de produção. Vamos organizar as limitações em categorias: ambientais/informacionais, cognitivas, de tempo e recursos, e organizacionais.

Passo 2

Limitações ambientais e de informação
– Mercados agrícolas são dinâmicos e sujeitos a choques (clima, preços internacionais, políticas de subsídio). Os gestores não dispõem de informações perfeitas nem conseguem prever com segurança a demanda futura, o que dificulta comparar exaustivamente todas as alternativas.

Passo 3

Limitações cognitivas e uso de heurísticas
– A capacidade mental de analisar simultaneamente variáveis como custos fixos, margens de lucro, perfil dos clientes e ciclos agrícolas é finita. Para simplificar, os gestores recorrem a heurísticas (regras de bolso) ou satisfazem opções minimamente aceitáveis em vez de buscar a solução globalmente ótima.

Passo 4

Restrições de tempo, recursos e custo de busca
– Levantar dados detalhados (pesquisas de mercado, simulações de fluxo de caixa, estudos de viabilidade) exige tempo e dinheiro. Com prazos curtos para apresentar ao Conselho, eles optam por analisar apenas um subconjunto de alternativas que pareçam “suficientemente boas”.

Passo 5

Limitações organizacionais e políticas internas
– Processos burocráticos, rotinas consolidadas e interesses divergentes entre departamentos (produção, vendas, finanças) podem encaminhar a decisão para o caminho mais “palatável” politicamente, mesmo que não seja o teoricamente ótimo.

Resposta

– Informação limitada e incerteza de mercado: torna impossível conhecer todas as variáveis relevantes.
– Capacidade cognitiva finita e heurísticas: gera uso de atalhos e satisficing em vez de otimização.
– Pressão de tempo e custo de pesquisa: impede a coleta exaustiva de dados e análise completa.
– Burocracia e conflitos internos: direcionam a escolha para alternativas aceitáveis politicamente, não necessariamente ideais.

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