Por que, no curto prazo, a produção acaba apresentando rendimentos marginais decrescentes no que diz respeito ao trabalho?

Passo 1

O enunciado pergunta por que, no curto prazo, ao aumentarmos apenas o fator trabalho, a produção passa a ter retornos marginais decrescentes. O conteúdo é a teoria da produção de curto prazo, em que um ou mais fatores (normalmente o capital) permanecem fixos, e vamos usar o conceito de produto marginal do trabalho para entender esse fenômeno.

Passo 2

Definimos o produto marginal do trabalho como
MP_{L} = \frac{\Delta Q}{\Delta L}
onde \Delta Q é a variação da produção e \Delta L a variação da quantidade de trabalhadores. No curto prazo, parte do equipamento ou espaço (capital) é fixo. Inicialmente, ao contratar mais trabalhadores, há ganhos de especialização e divisão de tarefas, fazendo MP_{L} crescer.

Passo 3

Conforme adicionamos mais unidades de trabalho, o capital fixo precisa ser compartilhado entre mais pessoas. A especialização adicional fica limitada, ocorre sobreposição de tarefas e congestionamento dos recursos fixos (máquinas, estações de trabalho, espaço físico). Isso reduz a eficiência marginal de cada trabalhador extra, fazendo MP_{L} cair.

Passo 4

Esse comportamento é conhecido como lei dos rendimentos marginais decrescentes: com pelo menos um fator fixo, depois de certo ponto, cada unidade adicional do fator variável (trabalho) gera um acréscimo cada vez menor na produção total.

Resposta

No curto prazo, com capital fixo, o aumento contínuo do trabalho causa congestionamento e limita ganhos de especialização, reduzindo o produto marginal do trabalho conforme mais unidades são empregadas.

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