Diferencie titulação de óxido-redução e de complexação.

Passo 1

O enunciado pede para distinguir dois tipos de titulação volumétrica: a de óxido-redução e a de complexação. Vamos ver o princípio químico de cada uma, os titulantes usados, os indicadores e como se determina o ponto de equivalência.

Passo 2

Titulação de óxido-redução (redox) funciona com transferência de elétrons entre analito e titulante. O titulante é um agente oxidante ou redutor de concentração conhecida (por exemplo, \ce{KMnO4} ou \ce{Na2S2O3}), que reage com o analito mudando o estado de oxidação de uma ou mais espécies. Para detectar o ponto de equivalência normalmente usamos:
– Um indicador de potencial (potenciometria) ou um indicador de redox de cor sensível a pequenas variações de potencial;
– Em alguns casos, o próprio titulante colorido (como \ce{MnO4-}) mostra o excesso residual, indicando o fim da titulação.

Passo 3

Titulação de complexação baseia-se na formação de um complexo estável entre o analito (geralmente um cátion metálico) e o titulante (ligante quelante), tipicamente o \mathrm{EDTA}. O ponto de equivalência é acompanhado por:
– Indicadores de complexo metálico que mudam de cor quando todos os íons metálicos foram consumidos e o ligante livre reage com o indicador;
– Ajuste de pH, pois a formação de quelatos com \mathrm{EDTA} costuma depender de pH controlado para estabilizar o complexo.

Passo 4

Comparando os dois métodos:
– Mecanismo:
• Redox = transferência de elétrons.
• Complexação = formação de ligações químicas em complexo.
– Tipo de analito:
• Redox = espécies que mudam estados de oxidação.
• Complexação = íons metálicos livres.
– Indicador:
• Redox = indicador de potencial ou titulante colorido.
• Complexação = corante que forma complexo com metal livre.
– Controle da reação:
• Redox = muitas vezes não é necessário controle rigoroso de pH, mas de potencial.
• Complexação = pH bem definido para garantir estabilidade do complexo com \mathrm{EDTA}.

Resposta

A titulação de óxido-redução baseia-se em reações de transferência de elétrons entre íons do analito e do titulante, usando indicadores de potencial ou titulantes coloridos para sinalizar o ponto de equivalência. Já a titulação de complexação envolve a formação de complexos entre íons metálicos e ligantes (por exemplo, \mathrm{EDTA}), requerendo indicadores de cor específicos e controle de pH para detectar quando todo o metal foi quelatado.

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