A datação do carbono 14 pode ser utilizada para medir a idade de uma pedra? Explique.

Passo 1

O enunciado pergunta se a técnica de datação por carbono-14 pode ser usada para medir a idade de uma pedra. O conteúdo envolvido é datação radiométrica, em particular o método do carbono-14, e vamos precisar entender como esse isótopo se forma, como se incorpora aos seres vivos e qual é o seu intervalo de aplicação.

Passo 2

O carbono-14 ( ^14C) é formado na alta atmosfera pela ação de nêutrons cósmicos sobre o ^14N e, em seguida, é incorporado ao dióxido de carbono ( CO2). Plantas absorvem esse CO2 na fotossíntese e animais o obtêm ao se alimentar de plantas ou outros animais. Enquanto o organismo está vivo, mantém-se o equilíbrio entre o ^14C e o ^12C. Ao morrer, cessa a reposição de ^14C e este começa a decair com meia-vida
T1/2 = 5730 anos
Medindo a razão remanescente de ^14C em relação ao ^12C, podemos estimar quantos anos se passaram desde a morte do organismo.

Passo 3

Pedras são materiais inorgânicos, formados por minerais que não viveram nem incorporaram carbono-14 de modo contínuo nem em equilíbrio com a atmosfera. Ou seja, em geral não há quantidade mensurável de ^14C “original” para fornecer uma data confiável. Além disso, rochas costumam ter idades de milhões ou bilhões de anos, muito acima do limite prático de cerca de 50,000 anos em que ainda resta sinal de ^14C.

Passo 4

Para determinar a idade de pedras e minerais muito antigos, utilizam-se outros métodos de datação radiométrica, por exemplo datação potássio-argônio, urânio-chumbo ou rubídio-estrôncio, cujo intervalo de meia-vida é compatível com as escalas de idade geológicas.

Resposta

Não. A datação por carbono-14 só é válida para materiais orgânicos que incorporaram ^14C em equilíbrio com a atmosfera e cuja idade esteja dentro de cerca de 50,000 anos. Pedras, por serem inorgânicas e geralmente muito mais antigas, não podem ser datadas por esse método.

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