- Por que os hidrocarbonetos, éteres e álcoois são os solventes de escolha para preparas as amostras que serão submetidas a análise por UV?
Passo 1
O enunciado pergunta por que, em espectroscopia de UV–Vis, costuma-se escolher hidrocarbonetos, éteres e álcoois como solventes para preparar amostras. O conteúdo envolvido é a transparência do solvente na região ultravioleta e sua compatibilidade química com o analito.
Passo 2
Em UV–Vis, medimos a absorbância de um soluto numa faixa de comprimentos de onda tipicamente entre
nm e
nm. Se o solvente absorver nessa região, o sinal do analito ficará mascarado ou distorcido. Logo, precisamos de um solvente cuja absorbância seja praticamente nula nesse intervalo.
Passo 3
Hidrocarbonetos, éteres e álcoois apresentam apenas transições eletrônicas de tipo
ou
, cujas energias correspondem a comprimentos de onda bem abaixo de
nm. Assim, eles não absorvem de forma significativa em
nm, garantindo janela espectral “limpa” para o analito.
Passo 4
Além disso, esses solventes são quimicamente inertes em relação à maioria dos grupos orgânicos analisados (não reagem nem degradam o analito) e dispõem de boa capacidade de solubilização de compostos apolares (hidrocarbonetos) ou ligeiramente polares (éteres e álcoois), o que ajuda a manter o analito completamente dissolvido e uniforme na cubeta.
Passo 5
Resumindo, o critério de escolha baseia-se em dois requisitos essenciais da técnica de UV–Vis:
- Transparência do solvente na faixa de trabalho (
nm), para evitar interferência. - Compatibilidade química (inércia e capacidade de dissolver o analito), para preservar sua estrutura e garantir leituras reprodutíveis.
Resposta
Hidrocarbonetos, éteres e álcoois são usados porque apresentam corte de absorção abaixo de
nm (sendo praticamente transparentes na região de análise), além de serem quimicamente inertes e dissolverem adequadamente os analitos em métodos de UV–Vis.