(Karolayne) Comente detalhadamente todo o procedimento para preparação de amostras metalográficas.
Passo 1
O enunciado pede um comentário detalhado de todo o procedimento de preparação de amostras metalográficas. O assunto aqui é metalografia, que envolve preparar amostras metálicas para revelar sua microestrutura ao microscópio ótico ou eletrônico. Para isso precisamos entender as etapas de corte, montagem, desbaste (lixamento), polimento, ataque químico (etching), limpeza e inspeção final.
Passo 2
Corte da amostra
Para retirar um pedaço representativo do material sem alterar sua microestrutura, escolhemos um disco de corte apropriado (por ex. carboneto de silício ou diamantado) e aplicamos lubrificante/coolant para minimizar aquecimento. Procedemos ao corte em baixa rotação e com leve pressão, evitando gerar calor local que possa provocar têmpera ou deformação plástica.
Para retirar um pedaço representativo do material sem alterar sua microestrutura, escolhemos um disco de corte apropriado (por ex. carboneto de silício ou diamantado) e aplicamos lubrificante/coolant para minimizar aquecimento. Procedemos ao corte em baixa rotação e com leve pressão, evitando gerar calor local que possa provocar têmpera ou deformação plástica.
Passo 3
Montagem (englobe)
Pequenas amostras podem ser difíceis de segurar nas etapas seguintes, então fazemos um monte mete-lúrgico usando resina termofixa (p.ex. bakelite, epóxi) ou termoplástica. Colocamos a peça num molde e injetamos a resina; após cura, obtemos um cilindro de dimensões padronizadas que facilita o manuseio e protege as bordas da amostra.
Pequenas amostras podem ser difíceis de segurar nas etapas seguintes, então fazemos um monte mete-lúrgico usando resina termofixa (p.ex. bakelite, epóxi) ou termoplástica. Colocamos a peça num molde e injetamos a resina; após cura, obtemos um cilindro de dimensões padronizadas que facilita o manuseio e protege as bordas da amostra.
Passo 4
Desbaste inicial (lixamento grosseiro)
Com a amostra montada, iniciamos o lixamento em lixas de grão grosso (p.ex. e
). O objetivo é remover a camada de deformação do corte e achatar a superfície. Mantemos a amostra perpendicular à lixa e usamos água ou álcool como lubrificante para levar embora partículas soltas e evitar aquecimento.
Com a amostra montada, iniciamos o lixamento em lixas de grão grosso (p.ex.
Passo 5
Desbaste fino (lixamento progressivo)
Seguimos para lixas de grão médio e fino (p.ex. ,
,
,
). A cada troca de grão, giramos a amostra em cerca de
em relação à passada anterior para eliminar riscos cruzados. Continuamos até que a superfície fique sem riscos visíveis a olho nu e com acabamento semi-espelhado.
Seguimos para lixas de grão médio e fino (p.ex.
Passo 6
Polimento
Para remover os últimos riscos finos e obter espelho metálico, usamos discos de feltro ou pano com suspensões abrasivas. Primeiro empregamos pasta diamantada (p.ex.
m ou
m), depois sílica coloidal (
m) em disco diferente. Durante o polimento, aplicamos leve pressão e mantemos o pano úmido, evitando enterrar partículas duras que causem riscos.
Para remover os últimos riscos finos e obter espelho metálico, usamos discos de feltro ou pano com suspensões abrasivas. Primeiro empregamos pasta diamantada (p.ex.
Passo 7
Ataque químico (etching)
Com a superfície polida, mergulhamos a amostra em reagente químico apropriado ao metal estudado (por ex. nital % para aços, Kroll para titânio, Keller para alumínio). O tempo de ataque varia entre
s e
s: o objetivo é corroer seletivamente limites de grão e fases, criando contraste visível. Após o ataque, enxaguamos imediatamente em água ou álcool para interromper a reação.
Com a superfície polida, mergulhamos a amostra em reagente químico apropriado ao metal estudado (por ex. nital
Passo 8
Limpeza, secagem e inspeção
Depois do ataque, lavamos a amostra em ultrassom ou com jato de álcool para remover resíduos de reagente, secamos com ar quente ou jato de ar filtrado e, se necessário, passamos óleo ou óleo de visão para preservar o contraste. Por fim, examinamos a microestrutura no microscópio ótico em luz refletida, ajustando foco, inclinação e iluminação para identificar grãos, fases e defeitos.
Depois do ataque, lavamos a amostra em ultrassom ou com jato de álcool para remover resíduos de reagente, secamos com ar quente ou jato de ar filtrado e, se necessário, passamos óleo ou óleo de visão para preservar o contraste. Por fim, examinamos a microestrutura no microscópio ótico em luz refletida, ajustando foco, inclinação e iluminação para identificar grãos, fases e defeitos.
Resposta
A preparação metalográfica envolve as etapas de corte controlado, montagem em resina, desbaste grosseiro e fino por lixamento, polimento progressivo (diamante e sílica), ataque químico para revelar a microestrutura e limpeza final para inspeção ao microscópio.