Qual o papel da aderência aço-concreto no funcionamento da seção composta?

Passo 1

O enunciado pergunta “Qual o papel da aderência aço-concreto no funcionamento da seção composta?”. O conteúdo envolve comportamento de vigas ou pilares compostos de perfil metálico e laje de concreto, onde precisamos entender como se dá a transferência de deformações e esforços entre o aço e o concreto para que eles atuem em conjunto.

Passo 2

A aderência aço-concreto é o mecanismo que assegura que, ao se aplicar flexão ou esforço axial, as fibras de aço e as fibras de concreto na vizinhança da interface deformem-se da mesma forma (compatibilidade de deformações). Na prática isso acontece por três componentes: adesão química entre superfícies, atrito que se cria à medida que ocorre a expansão do concreto e engastamento mecânico de possíveis irregularidades da superfície do perfil metálico.

Passo 3

Graças a essa compatibilidade de deformações, os esforços cortantes gerados pela flexão ou pelo carregamento axial são transferidos do concreto para o aço (e vice-versa) ao longo de toda a interface, de modo contínuo. Assim a seção composta trabalha como se fosse uma única peça: o concreto absorve a resistência à compressão junto à alma superior (na viga) e o aço capta a tração no pé metálico, otimizando o uso de materiais.

Passo 4

Se a aderência for insuficiente ou faltar (por exemplo, superfícies oleosas, juntas frias mal preparadas ou falha de cura), ocorre escorregamento entre aço e concreto na interface. Esse “slip” reduz a rigidez à flexão, compromete a capacidade resistente prevista no dimensionamento e pode gerar fissuras concentradas ou ligações plásticas indesejadas.

Resposta

A aderência aço-concreto garante a compatibilidade de deformações e a transmissão contínua de esforços cortantes ao longo da interface, permitindo que o aço e o concreto trabalhem em conjunto como uma única seção composta.

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