2 Em que sentido a interferência construtiva ou destrutiva causada por dois pulsos de onda é um fenômeno temporário?
Passo 1
O enunciado pergunta por que a interferência construtiva ou destrutiva de dois pulsos é um fenômeno que só dura enquanto os pulsos se “encontram”. O conteúdo principal aqui é o Princípio da Superposição em meios lineares, que nos diz que o deslocamento total num ponto é a soma dos deslocamentos de cada pulso.
Passo 2
Em meios lineares cada pulso pode ser descrito por uma função de deslocamento
e
. Pela superposição, o deslocamento resultante é
Quando as cristas de
e
coincidem temos interferência construtiva (
maior), e quando a crista de um bate com o vale do outro temos interferência destrutiva (
menor ou zero).
Passo 3
Esse somatório só faz sentido onde e quando os dois pulsos ocupam o mesmo ponto no espaço ao mesmo tempo, ou seja, na região de sobreposição espacial e temporal. Fora dessa região em que um dos pulsos não está presente,
ou
vale zero, e não há interferência — cada pulso volta a propagar-se sozinho.
Passo 4
Como os pulsos continuam viajando sem se modificar definitivamente (o meio é linear e sem perda), após atravessarem a região de encontro cada um retoma sua forma original e segue adiante sem resto de interferência. Logo, o efeito de reforço ou cancelamento existe somente enquanto há sobreposição, tornando-o um fenômeno temporário.
Resposta
A interferência é temporária porque só ocorre enquanto os dois pulsos ocupam simultaneamente o mesmo ponto (região de sobreposição); assim que eles se separam, deixa de haver soma de amplitudes e cada pulso retoma sua forma original.