(Tocci et al., 2011) Leia as afirmações a seguir referentes à porta OR. À primeira vista, parecem ser verdadeiras, mas depois de uma análise, você verá que nenhuma é totalmente verdadeira. Prove isso com um exemplo específico que refute cada afirmativa.
Se a forma de onda de saída de uma porta OR for a mesma que a de uma das entradas, a outra entrada está sendo mantida permanentemente em nível BAIXO.

Passo 1

O enunciado afirma que, numa porta OR, se a forma de onda de saída for sempre idêntica à de uma das entradas (digamos a entrada A), então a outra entrada ( B) teria que estar permanentemente em nível BAIXO. O conteúdo aqui é a análise de mascaramento em portas lógicas: veremos que B pode oscilar, mas sempre “mascarado” por A, de modo que a saída continua igual a A.

Passo 2

Definimos duas funções de tempo periódicas de período
repetindo-se a cada . Note que os pulsos de ocorrem sempre dentro dos intervalos em que .

Passo 3

A saída da porta OR é
O(t)=A(t)lor B(t)
Em cada instante em que A(t)=1, temos O(t)=1lor B(t)=1. Nos instantes em que A(t)=0, também B(t)=0 (pois seus pulsos estão contidos onde A=1), logo O(t)=0lor0=0. Assim
O(t)=A(t)forall,t
Porém B(t) não está permanentemente em nível baixo: ela gera pulsos em 23 ms e em 78 ms, só que esses pulsos ficam “mascarados” por A(t)=1.

Resposta

A afirmativa é falsa. Num exemplo concreto, B oscila (não está permanentemente em zero), mas seus 1's sempre caem onde A=1, de modo que O=A, refutando a ideia de que B precisaria estar presa em nível BAIXO.

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