em que V é a velocidade da reação,
é a velocidade máxima da reação enzimática, [S] é a concentração de substrato e
é a constante de Michaelis-Menten, que representa a concentração de substrato capaz de fazer com que a reação ocorra com a metade de sua velocidade máxima.
No fígado, o etanol é convertido em acetaldeído pela enzima álcool desidrogenase. O acetaldeído é o responsável pelos sintomas de ingestão de etanol (rubor facial, taquicardia etc.). Normalmente, o acetaldeído é processado no ser humano pela enzima acetaldeído desidrogenase, que o converte em acetato. A maioria das pessoas apresenta duas formas de acetaldeído desidrogenase, a mitocondrial (baixo
) e a citosólica (alto
). Em algumas pessoas, no entanto, a enzima mitocondrial é menos ativa, sendo, por isso, o acetaldeído processado apenas pela enzima citosólica.
Com base nessas informações, conclui-se que esse grupo menor de pessoas, comparativamente à maioria das pessoas, apresenta:
(A) igual intensidade dos sintomas decorrentes da ingestão do etanol, uma vez que este é metabolizado na forma de acetaldeído.
(B) maior intensidade dos sintomas decorrentes da ingestão do etanol, uma vez que o acetaldeído resultante é processado majoritariamente por uma enzima mais ativa.
© menor intensidade dos sintomas decorrentes da ingestão do etanol, uma vez que o acetaldeído resultante é processado majoritariamente por uma enzima mais ativa.
(D) maior intensidade dos sintomas decorrentes da ingestão do etanol, uma vez que o acetaldeído resultante é processado majoritariamente por uma enzima menos ativa.
(E) menor intensidade dos sintomas decorrentes da ingestão do etanol, uma vez que o acetaldeído resultante é processado majoritariamente por uma enzima menos ativa.
No fígado, o etanol é convertido em acetaldeído pela enzima álcool desidrogenase. O acetaldeído é o responsável pelos sintomas de ingestão de etanol (rubor facial, taquicardia etc.). Normalmente, o acetaldeído é processado no ser humano pela enzima acetaldeído desidrogenase, que o converte em acetato. A maioria das pessoas apresenta duas formas de acetaldeído desidrogenase, a mitocondrial (baixo
Com base nessas informações, conclui-se que esse grupo menor de pessoas, comparativamente à maioria das pessoas, apresenta:
(A) igual intensidade dos sintomas decorrentes da ingestão do etanol, uma vez que este é metabolizado na forma de acetaldeído.
(B) maior intensidade dos sintomas decorrentes da ingestão do etanol, uma vez que o acetaldeído resultante é processado majoritariamente por uma enzima mais ativa.
© menor intensidade dos sintomas decorrentes da ingestão do etanol, uma vez que o acetaldeído resultante é processado majoritariamente por uma enzima mais ativa.
(D) maior intensidade dos sintomas decorrentes da ingestão do etanol, uma vez que o acetaldeído resultante é processado majoritariamente por uma enzima menos ativa.
(E) menor intensidade dos sintomas decorrentes da ingestão do etanol, uma vez que o acetaldeído resultante é processado majoritariamente por uma enzima menos ativa.
Passo 1
Beleza, então o enunciado tá falando da cinética de Michaelis-Menten, que é descrita pela fórmula
Aqui a gente tem:
- V = velocidade da reação enzimática
- Vm = velocidade máxima
- [S] = concentração de substrato (no caso, acetaldeído)
- KM = concentração de substrato que dá metade de Vm (ou seja, indica a “afinidade” da enzima pelo substrato)
O exercício fala que, na maioria das pessoas, existem duas formas de acetaldeído desidrogenase:
- Mitocondrial com KM baixo (alta afinidade)
- Citosólica com KM alto (baixa afinidade)
Mas um grupo menor só tem a forma citosólica (alto KM). A pergunta: comparando esse grupo menor com a maioria das pessoas, eles têm sintomas de etanol (rubor, taquicardia) com maior ou menor intensidade? E explica o porquê.
O conteúdo aqui é cinética enzimática (Michaelis-Menten) e afinidade enzimática (KM). A gente vai usar a equação pra entender como o KM afeta a velocidade de processamento do acetaldeído e, consequentemente, a intensidade dos sintomas.
Passo 2
Primeiro, lembra que KM baixo significa que a enzima alcança metade da Vm com pouquíssimo substrato (alta afinidade). Já KM alto significa que a enzima precisa de muita concentração de substrato pra chegar à metade da Vm (baixa afinidade).
Na prática:
- Enzima de KM baixo = “rápida” pra consumir o substrato mesmo se [S] for pequena.
- Enzima de KM alto = “lenta” enquanto [S] for baixa; só fica rápida quando [S] for bem alta.
Passo 3
No fígado, o substrato é o acetaldeído (que causa os sintomas). Se a pessoa tem as duas enzimas (mitocondrial KM baixo + citosólica KM alto), o acetaldeído é processado rapidamente pela mitocondrial (que é a de maior afinidade), mantendo [acetaldeído] baixa e aliviando os sintomas.
Já no grupinho que só tem a citosólica (KM alto), a enzima é menos “afetiva” pra metabolizar o acetaldeído nas concentrações normais. Ou seja, a velocidade V de processamento é menor, fazendo com que o acetaldeído fique acumulado.
Passo 4
Menos processamento = mais acetaldeído circulando = sintomas mais intensos (rubor, taquicardia etc.).
Então esse grupo menor de pessoas apresenta maior intensidade dos sintomas, porque o acetaldeído está sendo processado principalmente por uma enzima de baixa afinidade (KM alto), ou seja, menos ativa naquelas concentrações.
Resposta
Alternativa D: maior intensidade dos sintomas decorrentes da ingestão do etanol, uma vez que o acetaldeído resultante é processado majoritariamente por uma enzima menos ativa.