Como você explicaria o fenômeno de deriva a um aluno do ensino médio?
Passo 1
O enunciado pede para explicar o fenômeno de deriva para um aluno do ensino médio. O tema aqui é geologia e tectônica de placas, e vamos precisar falar de como e por que os continentes mudam de posição ao longo do tempo geológico.
Passo 2
Começo apresentando a ideia histórica: no início do século XX, o meteorologista Alfred Wegener notou que as costas da África e da América do Sul parecem “encaixar” como peças de um quebra-cabeça. A partir disso ele propôs que, num passado remoto, existia um único supercontinente (a Pangeia) que se fragmentou e foi “derivando” até a configuração atual.
Passo 3
Aponto as principais evidências que sustentam essa ideia:
- Ajuste das formas dos continentes – as margens parecem complementar-se.
- Fósseis idênticos de plantas e animais encontrados em continentes hoje separados por oceanos.
- Registros de glaciação em regiões que hoje são tórridas, indicando que já sofreram mudanças de latitude.
- Semelhança de tipos de rochas e cadeias de montanhas em margens opostas.
Passo 4
Explico o mecanismo atual (teoria da tectônica de placas):
- A litosfera (crost
antle superior rígido) está dividida em placas que “boiam” sobre o manto mais quente e plástico. - No manto ocorrem correntes de convecção (o material quente sobe e o frio desce), e isso gera forças que empurram ou puxam as placas.
- Onde duas placas se afastam, novo material rochoso surge e empurra os continentes (deriva por expansão do assoalho oceânico).
- Onde duas placas convergem, há subducção (uma placa mergulha sob a outra), gerando terremotos e vulcões.
Resposta
O fenômeno de deriva continental é o deslocamento lento dos continentes sobre a superfície terrestre, motivado pelas correntes de convecção no manto. As placas tectônicas, que carregam continentes e fundos oceânicos, movem-se umas em relação às outras, fazendo com que, ao longo de milhões de anos, a Pangeia tenha se fragmentado e originado os continentes na posição em que os vemos hoje. Esse processo explica encaixes geográficos, distribuição de fósseis semelhantes em regiões separadas e a ocorrência de terremotos e vulcões em limites de placas.