Analise a possibilidade de isomeria ótica para espécies dos tipos cis- e trans- \left[\mathrm{M}(\mathrm{L}-\mathrm{L})_{2} \mathrm{~A}_{2}\right], em que \mathrm{L}-\mathrm{L} é um ligante bidentado.

Passo 1

O enunciado pede para analisarmos a possibilidade de isomeria óptica no complexo octaédrico [M(L\!-\!L)_2A_2], em que L\!-\!L é um ligante bidentado e A é um ligante monodentado. O tema é isomeria óptica em química de coordenação e vamos usar conceitos de simetria molecular para determinar se cada isômero (cis e trans) é quiral ou não.

Passo 2

Descrevemos a geometria dos dois isômeros. No caso trans, os dois ligantes A ocupam posições opostas ( 180\circ) no octaedro, e os dois ligantes bidentados L\!-\!L também ficam em pares trans. Em seguida, identificamos os elementos de simetria presentes.

Passo 3

Análise do isômero trans:
Como os ligantes A estão em posições trans, o complexo possui um centro de inversão (ou um plano de simetria) que faz sua imagem especular coincidir com ele próprio. Isso torna o isômero trans aciral, logo não apresenta isomeria óptica.

Passo 4

Análise do isômero cis:
Aqui os dois ligantes A ocupam posições adjacentes ( 90\circ) e os bidentados formam um arranjo “espiralado” ao redor do metal. Não há plano de simetria nem centro de inversão que transforme o complexo em sua imagem especular. Assim, surgem duas formas não sobreponíveis (enantiómeros), caracterizando o isômero cis como quiral e passível de isomeria óptica.

Resposta

cis: apresenta isomeria óptica
trans: não apresenta isomeria óptica

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