(d) Um motorista em São Luis foi submetido a julgamento por excesso de velocidade. A evidência contra o motorista foi o depoimento de um policial que notou que o carro do acusado estava emparelhado com um segundo carro que o ultrapassou. Conforme o policial, o segundo carro já havia ultrapassado o limite de velocidade. O motorista acusado se defendeu alegando que o segundo carro me ultrapassou, portanto eu não estava acelerando. O juiz deu a sentença contra o motorista, alegando que, se dois carros estavam emparelhados, ambos estavam acelerando. Se você fosse o advogado de defesa do motorista acusado, como contestaria?
Passo 1
Vamos resumir o que está acontecendo aqui. Temos um motorista em São Luís que foi julgado por excesso de velocidade. A prova contra ele foi o depoimento de um policial que viu o carro dele junto com outro carro que o ultrapassou. Segundo o policial, o segundo carro já estava acima do limite de velocidade. O motorista se defendeu dizendo que o segundo carro o ultrapassou, então ele não estava acelerando. O juiz decidiu contra ele, argumentando que se dois carros estavam juntos, ambos estavam acelerando. Para resolver isso, vamos usar princípios de lógica e análise de evidências para contestar a decisão do juiz.
Passo 2
Primeiro, precisamos entender a lógica por trás da sentença do juiz. O juiz assumiu que se os dois carros estavam “emparelhados”, ou seja, próximos um do outro, isso significa que ambos estavam acelerando. Mas será que essa é uma conclusão válida? Vamos analisar.
Passo 3
Se dois carros estão próximos, isso pode significar várias coisas: ambos estão acelerando, ambos estão mantendo velocidade constante, ou um está acelerando enquanto o outro não está. Não necessariamente implica que ambos estão acelerando.
Passo 4
No caso, o motorista acusado afirma que o segundo carro o ultrapassou. Isso sugere que o segundo carro estava acelerando para passar à frente. Entretanto, isso não prova que o primeiro carro (do acusado) também estava acelerando. Ele poderia estar mantendo sua velocidade constante ou até mesmo desacelerando.
Passo 5
Além disso, a simples proximidade dos carros não é uma prova direta de que ambos estavam excedendo o limite de velocidade. É possível que apenas o segundo carro estivesse acima do limite, enquanto o primeiro mantinha uma velocidade dentro do permitido.
Passo 6
Portanto, a defesa pode argumentar que a conclusão do juiz se baseia em uma suposição generalizada sem evidências concretas de que o motorista estava de fato acelerando. A evidência apresentada apenas mostra que o segundo carro estava acelerando e ultrapassando, mas não confirma a velocidade exata do carro do acusado.
Passo 7
Além disso, seria importante questionar se havia outros fatores que poderiam ter influenciado a situação, como condições da via, sinalização adequada, ou possíveis erros na observação do policial.
Resposta
Como advogado de defesa, contestaria a sentença do juiz argumentando que a proximidade dos carros não prova que o motorista estava acelerando, já que apenas o segundo carro foi observado excedendo o limite de velocidade. A conclusão de que ambos estavam acelerando é uma suposição sem evidências concretas, e portanto, a sentença contra o motorista acusado não está fundamentada adequadamente.