O conteúdo é substituição de ligante (ligand exchange) em centros d^8 quadrado–planares. Para resolver, precisamos entender o mecanismo de substituição em complexos quadrado–planares e identificar o isomerismo possível.
Passo 2
Em complexos quadrado–planares d^8 (como Au^{\text{III}}), a substituição de ligante costuma obedecer a um mecanismo associativo do tipo A ou I_a. Isso significa que o nucleófilo \mathrm{I}^- ataca o centro metálico antes de sair o ligante \mathrm{Cl}^-. O primeiro estágio é a formação de um intermediário pentacoordenado (ver desenho esquemático abaixo em palavras):
Aproximação de \mathrm{I}^- ao Au^{\text{III}}, formando temporariamente um complexo de coordenação de cinco vértices (geometria de bipirâmide trigonal ou de quadrado distorcido).
Neste intermediário, um dos ligantes cloreto fica mais fraco e abandona o metal, regenerando a geometria quadrado–planar com \mathrm{I}^- no lugar de \mathrm{Cl}^-.
Esse é um processo característico de substituição nucleofílica em complexos quadrado–planares d^8.
Passo 4
Para o isomerismo, cada complexo tetracoordenado [\mathrm{Au}L_2L'_2] pode apresentar isomerismo geométrico cis/trans, pois há duas posições opostas (trans) ou adjacentes (cis) para ligantes iguais. No caso dado, ambos os complexos podem existir nas formas
a) É uma reação de substituição de ligante (ligand exchange) em complexo quadrado–planar d^8, seguindo mecanismo asociativo A ou I_a: o nucleófilo \mathrm{I}^- coordena ao Au, forma um intermediário pentacoordenado e em seguida sai \mathrm{Cl}^-.
b) Os dois complexos podem apresentar isomerismo geométrico cis/trans em torno do centro quadrado–planar.