2.1 Ética Aristotélica (Ética da Virtude)
- Quem foi Aristóteles?
- O que é a “virtude” para Aristóteles?
- Qual o papel da razão e do hábito na ética aristotélica?
Passo 1
O enunciado pede para entendermos três pontos centrais da ética aristotélica, também chamada de ética da virtude: quem foi Aristóteles, o que ele entende por “virtude” e qual é o papel da razão e do hábito em seu sistema ético. Vamos abordar cada aspecto em sequência, explicando a teoria de forma clara e informal.
Passo 2
Aristóteles foi um filósofo grego do século IV a.C., aluno de Platão e tutor de Alexandre, o Grande. Ele fundou o Liceu em Atenas e escreveu sobre lógica, metafísica, ciência, política, retórica e ética. Na ética, ele procurou entender como os seres humanos podem alcançar a vida plena (eudaimonia) usando a razão para orientar seu comportamento.
Passo 3
Para Aristóteles, “virtude” (
em grego) é uma disposição de caráter que nos faz agir de modo acertado. Não se trata de um simples talento natural, mas de uma qualificação moral adquirida pela prática. A virtude encontra-se no “meio-termo” entre dois vícios: um excesso e uma falta. Por exemplo, a coragem é o meio-termo entre a temeridade (excesso de ousadia) e a covardia (falta de ousadia). A virtude, portanto, é o hábito de escolher corretamente esse ponto de equilíbrio.
Passo 4
A razão e o hábito são pilares da ética aristotélica. Primeiro, a razão nos permite identificar o “meio-termo” adequado em cada situação concreta, distinguindo o que é bem intencionado e bom para a vida. Em segundo lugar, o hábito faz com que as ações virtuosas deixem de ser atos isolados e se tornem parte do nosso caráter: quanto mais praticamos as atitudes corretas, mais fácil se torna agi-las de forma natural. Assim, a ética de Aristóteles é ao mesmo tempo racional (pois exige escolha deliberada) e prática (pois depende da repetição até formar o hábito).
Resposta
a) Aristóteles foi um filósofo grego do século IV a.C., aluno de Platão, fundador do Liceu em Atenas e autor de obras fundamentais em ética, entre outras áreas.
b) Para Aristóteles, a virtude é uma disposição moral adquirida pelo hábito que consiste em agir sempre no ponto médio entre dois extremos viciosos (excesso e falta).
c) A razão orienta o agente a reconhecer o equilíbrio virtuoso em cada situação, e o hábito consolida essas escolhas, transformando ações corretas em traços estáveis de caráter.
b) Para Aristóteles, a virtude é uma disposição moral adquirida pelo hábito que consiste em agir sempre no ponto médio entre dois extremos viciosos (excesso e falta).
c) A razão orienta o agente a reconhecer o equilíbrio virtuoso em cada situação, e o hábito consolida essas escolhas, transformando ações corretas em traços estáveis de caráter.