Em um hospital, um novo teste diagnóstico está sendo avaliado para detectar uma doença infecciosa em pacientes. O teste retorna positivo se indicar que o paciente está infectado. Sob a hipótese nula, assumimos que o paciente não está infectado. Defina os erros tipo I e tipo II dentro deste contexto e explique as consequências de cada erro para os pacientes e para o sistema de saúde. Observação: aborda o erro tipo I (falso positivo) e o erro tipo II (falso negativo) em situações práticas de saúde pública.
Passo 1
O enunciado descreve um teste diagnóstico para detectar uma doença infecciosa em pacientes, onde formulamos:
: o paciente não está infectado
: o paciente está infectado
Precisamos definir, nesse contexto, o erro tipo I (falso positivo) e o erro tipo II (falso negativo) e discutir as consequências de cada um para o paciente e para o sistema de saúde.
Precisamos definir, nesse contexto, o erro tipo I (falso positivo) e o erro tipo II (falso negativo) e discutir as consequências de cada um para o paciente e para o sistema de saúde.
Passo 2
Erro tipo I (falso positivo)
Definição: ocorre quando rejeitamos sendo ele verdadeiro, ou seja, quando o teste indica “infectado” em um paciente que na verdade não está doente.
Consequências para o paciente:
Ansiedade e estresse por receber um diagnóstico errado.
Possibilidade de receber tratamento desnecessário (medicamentos, hospitalização, isolamento), com risco de efeitos colaterais.
Consequências para o sistema de saúde:
Uso indevido de recursos (leitos, kits de tratamento, equipe médica).
Sobrecarga de serviços e aumento de custos gerais.
Distorção nas estatísticas de prevalência da doença, levando a políticas públicas mal calibradas.
Definição: ocorre quando rejeitamos
Consequências para o paciente:
Consequências para o sistema de saúde:
Passo 3
Erro tipo II (falso negativo)
Definição: ocorre quando falhamos em rejeitar sendo ele falso, ou seja, quando o teste indica “não infectado” em um paciente que na verdade está doente.
Consequências para o paciente:
A paciente não recebe o tratamento adequado, podendo evoluir para formas graves da doença.
Falso senso de segurança, que atrasa o início de cuidados médicos.
Consequências para o sistema de saúde e saúde pública:
Risco de transmissão da infecção a outros indivíduos (familiares, profissionais de saúde), favorecendo surtos ou epidemias.
Subnotificação de casos, dificultando o planejamento de medidas de contenção e alocação de recursos.
Definição: ocorre quando falhamos em rejeitar
Consequências para o paciente:
Consequências para o sistema de saúde e saúde pública:
Passo 4
Em geral há um trade-off entre reduzir o erro tipo I (aumentar a especificidade) e reduzir o erro tipo II (aumentar a sensibilidade) de um teste. Na prática, a escolha do ponto de corte ou do critério de decisão deve levar em conta:
Gravidade da doença e custo de um falso negativo (geralmente evita epidemias).
Impacto psicossocial e financeiro de um falso positivo (evita tratamentos desnecessários).
Resposta
Erro tipo I (falso positivo): testar “infectado” um paciente não doente. Causa ansiedade, tratamentos desnecessários e sobrecarga de recursos, além de inflar dados de prevalência.
Erro tipo II (falso negativo): testar “não infectado” um paciente doente. Atrapalha o tratamento precoce, aumenta complicações e ajuda a espalhar a doença, prejudicando a saúde pública.
Erro tipo II (falso negativo): testar “não infectado” um paciente doente. Atrapalha o tratamento precoce, aumenta complicações e ajuda a espalhar a doença, prejudicando a saúde pública.