Questão 3) Duas pessoas em uma discussão calorosa sobre o aquecimento global, divergem sobre a concentração e papel do CO2 na atmosfera. Para pessoa 1, o CO2
não é um poluente, é o gás da vida e não existe aquecimento global, o gás sempre existiu na atmosfera e por isso não é um poluente. Para a pessoa 2 o CO 2 é o gás da vida, muito importante, mas com o aumento da sua concentração aliada a outros gases, está causando alguns fenômenos no planeta e um deles é o aquecimento global, para essa pessoa portanto, o CO2 pode ser considerado um poluente. Seja o intrometido(a) na conversa e explique por meio de fundamentos e exemplos que os dois podem estar corretos, contudo, as evidências mostram que apenas um deles, até o momento, está com a razão

Passo 1

Beleza, o enunciado fala de duas pessoas discutindo se o CO₂ é poluente ou não – uma diz que é “o gás da vida” e sempre existiu, logo não polui; a outra concorda que é essencial, mas culpa o excesso dele (junto com outros gases) pelo aquecimento global.
Matéria: Ciências Ambientais / Química Ambiental.
O que vamos precisar:
  1. Definição de “poluente” e o princípio “a dose faz o veneno”.
  2. Entender o efeito estufa e o conceito de forçante radiativa (como o CO₂ extra aquece a Terra).
  3. Dados históricos de concentração de CO₂ e evidências de aquecimento.

Passo 2

Definindo “poluente” e vendo o ponto da Pessoa 1
– Poluente é qualquer substância que, em certa quantidade, desequilibra ou danifica o ambiente ou a saúde. (“a dose faz o veneno”, Paracelso.)
– O CO₂ sempre esteve na atmosfera e é fundamental para a fotossíntese das plantas.
Logo, em concentrações naturais (pré-industrial, ~280 ppm), ele não “poluía” – ele sustenta a vida. A Pessoa 1 está certa ao dizer que CO₂ é gás da vida.

Passo 3

Entendendo o efeito estufa e vendo o ponto da Pessoa 2
– Efeito estufa: a radiação solar atravessa a atmosfera, aquece a superfície e ela emite radiação infravermelha. Gases como CO₂ absorvem parte desse IR e reemitem para a superfície, mantendo-a mais quente.
– A teoria quantifica o ganho de energia (forçante radiativa) quando o CO₂ sobe de uma concentração de referência C0 para C:
De<a F = 5,35 ,ln!l(CC0r)(W/m^2)
Tomando C0 = 280,ppm (pré-industrial) e C approx 415,ppm (hoje),
De<a F approx 5,35 ,ln!l(tfrac415280r)approx 2,1 W/m^2
Isso eleva a temperatura média global:
De<a T = lambda,De<a F,
onde lambdaapprox0,8,K/(W/m²) (sensibilidade climática simplificada), dando De<a Tsim1,7^circC. Observações reais mostram ~1,1 °C de aquecimento já registrado.
– Conclusão: o aumento antropogênico de CO₂ gera aquecimento mensurável. A Pessoa 2 está certa em dizer que, em excesso, CO₂ atua como poluente climático.

Passo 4

Conciliando e vendo as evidências
– Ambos têm razão em seus contextos:
• CO₂ é natural e essencial.
• Em excesso, combinado a outros gases, ele desequilibra o clima.
– Evidências: bolhas de ar em gelo antártico, medições de Mauna Loa, modelos climáticos, registros isotópicos que apontam origem fóssil. Tudo indica que a alta concentração recente é humana e está aquecendo o planeta.

Resposta

Os dois estão certos em parte: CO₂ é mesmo o gás da vida e sempre fez parte da atmosfera, mas, hoje, o excesso dele (produto de atividades humanas) age como poluente climático, provocando aquecimento global. Portanto, quem tem toda a razão, até agora, é a Pessoa 2.

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