A sensação de cor que percebemos num objeto é uma interpretação do cérebro ao estímulo luminoso, mas não é necessariamente a sua cor convencional. Em função disso, em que condição podemos dizer que vemos uma camisa vermelha?
Passo 1
O enunciado destaca que a “cor” é uma interpretação cerebral da distribuição espectral da luz que chega ao olho, não uma propriedade intrínseca do objeto. O conteúdo aqui é colorimetria básica: precisamos entender como o espectro de reflexão do tecido e a sensibilidade dos cones no olho humano levam à percepção de vermelho.
Passo 2
No olho humano há três tipos de cones com sensibilidades máximas em faixas aproximadas de curta (
), média (
) e longa (
) onda. A percepção de cor resulta das proporções entre as respostas desses três conjuntos de cones quando estimulados pela luz refletida por um objeto.
Passo 3
Especificamente, um objeto “parece vermelho” se a luz que ele reflete e que chega ao olho tem maior intensidade na faixa de comprimentos de onda longos (aproximadamente
a
,nm). Nessas condições, a resposta dos cones
(longos) é muito maior do que a dos cones
e dos cones
.
Passo 4
Em termos de espectro de reflexão, isso significa que o tecido da camisa possui coeficiente de reflexão alto para
na faixa vermelha e coeficiente baixo nas demais faixas. Ou seja, se denotarmos por
a refletância espectral, então
e pequena para outras
.
Resposta
Vemos uma camisa vermelha quando a luz que ela reflete tem predominância de comprimentos de onda na faixa vermelha (aprox.
–
,nm), de modo que os cones de maior sensibilidade a essas ondas longas (
) sejam muito mais estimulados do que os cones
e
.