Calcule ∫ γ v → ⋅ d r → , sendo

( a ) v → ( x , y , z ) = ( y z ,   x z + l n ( 1 + y 4 ) ,   z y ) e γ é a intersecção do cilindro x 2 + y 2 = 4 com a superfície z = 2 x + 3 orientada de modo que sua projeção no plano x y seja percorrida no sentido anti-horário.

Passo 1

Eaew, belezinha?

O enunciado nos pede para calcularmos a seguinte integração

∫ γ v → ⋅ d r →

em que levamos em consideração o seguinte campo vetorial

v → ( x , y , z ) = ( y z ,   x z + l n ( 1 + y 4 ) ,   z y )

e a curva pode ser obtida pela intersecção do cilindro

x 2 + y 2 = 4

com a superfície

z = 2 x + 3

para isso, vamos utilizar o teorema de Stokes que faz a seguinte identificação

∫ γ v → ⋅ d r → = ∫ ∫ S r o t ( v → ) ⋅ n →   d S

Primeiro vamos encontrar o vetor normal da superfície!

Passo 2

A expressão do vetor normal pode ser obtida através do seguinte produto vetorial

n → = ∂ ϕ ( u , v ) ∂ u × ∂ ϕ ( u , v ) ∂ v

em que ϕ ( u , v ) é uma parametrização da superfície, nesse caso a superfície que vamos considerar é o plano   z   =   2 x + 3 . Escolhemos a seguinte parametrização

ϕ ( u , v ) = ( u , v , 2 u + 3 ) .

Vamos calcular as derivadas e o produto vetorial:

n → = ∂ ϕ ( u , v ) ∂ u × ∂ ϕ ( u , v ) ∂ v = ( 1,0 , 2 ) × ( 0,1 , 0 ) .

Assim, obtemos que a normal é:

  n → = ( - 2,0 , 1 ) .

Passo 3

Vamos calcular as grandezas no lado direito do teorema de Stokes! Podemos começar com

r o t ( v → ) = ∇ → × v →

usando que ∇ → = ( ∂ ∂ x , ∂ ∂ y , ∂ ∂ x ) , e usando a fórmula para o produto vetorial, temos

r o t ( v → ) = ( ∂ v z ∂ y - ∂ v y ∂ z , ∂ v x ∂ z - ∂ v z ∂ x , ∂ v y ∂ x - ∂ v x ∂ y )

Sendo   v → ( x , y , z ) = ( y z ,   x z + l n ( 1 + y 4 ) ,   z y ) , vamos calcular cada termo

∂ v z ∂ y - ∂ v y ∂ z = ∂ ∂ y [ z y ] - ∂ ∂ z [ 2 x z + l n ( 1 + y 4 ) ] = z - x ;

∂ v x ∂ z - ∂ v z ∂ x = ∂ ∂ z [ y z ] - ∂ ∂ x [ z y ] = y ;

∂ v y ∂ x - ∂ v x ∂ y = ∂ ∂ x [ x z + l n ( 1 + y 4 ) ] - ∂ ∂ y [ y z ] = 0 .

Assim,

r o t ( v → ) = ( z - x ,   y , 0 ) .

Passo 4

A integral é tal que

∫ γ v → ⋅ d r → = ∫ ∫ S r o t ( v → ) ⋅ n →   d S

temos que a parametrização foi feita em ( u ,   v ) , portanto d S = d u d v . Como a superfície é limitada por um cilindro, vamos usar coordenadas polares, então d u d v = r d r d θ , sendo u = r c o s θ e v = r s i n θ . Assim,

∫ ∫ S r o t ( v → ) ⋅ n →   d S = ∫ ∫ S ( 2 u + 3 ) - u ,   v , 0 ) ⋅ ( - 2,0 , 1 ) d S

Note que usei no rotacional a parametrização que escolhemos. Resolvendo o produto escalar, temos que

∫ ∫ S r o t ( v → ) ⋅ n →   d S = ∫ ∫ S ( 2 u - 4 u - 6 ) d S

Passo 5

A superfície considerada é limitada pelo cilindro x 2 + y 2 = 4 . Em coordenadas polares os limites para r e θ são 0 ≤ r ≤ 2 e 0 ≤ θ ≤ 2 π . Nossa integral se torna então

∫ ∫ S v → ⋅ n → d S = ∫ 0 2 π ∫ 0 2 - 6 ( r c o s θ + 1 ) r d r d θ .

Maravilha! Vamos calcular a nossa integração!

Passo 6

Vamos começar a nossa integração! Saca só!

∫ ∫ S v → ⋅ n → d S = ∫ 0 2 π ∫ 0 2 - 6 ( r c o s θ + 1 ) r d r d θ

Vamos primeiro integrar em r ,

∫ 0 2 �� ∫ 0 2 - 6 ( r c o s θ + 1 ) r d r d θ = - 6 ∫ 0 2 π ( [ r 3 3 | 0 2 ] c o s θ + [ r 2 2 | 0 2 ] ) d θ = - 6 ∫ 0 2 π ( [ 2 3 3 ] c o s θ + [ 2 2 2 ] ) d θ

agora integrando em θ ,

- 6 ∫ 0 2 π ( [ 8 3 ] c o s θ + [ 2 ] ) d θ = - 6 [ ( - 8 3 s i n θ + 2 θ ) | 0 π ] = - 6 [ ( 0 - 0 ) + 2 ( 2 π - 0 ) ] = - 24 π .

A questão foi isso! Te vejo na próxima! Tchau Tchau!

Resposta

∫ γ v → ⋅ d r → = - 24 π .

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