Para cada uma das funções abaixo, determine: pontos críticos, máximos e mínimos locais, intervalos de crescimento e decrescimento, pontos de inflexão, intervalos onde f é côncava para cima e para baixo. Determine as (possíveis) assíntotas e, finalmente, faça um esboço do gráfico da função.

g )   f x = arccos ⁡ ( x ) ,   x ∈ ( - 1,1 )

Passo 1

Fala galera, tudo bem? Essa questão parece complicada, mas vou te ajudar!

O problema nos deu essa função aqui

f x = arccos ⁡ ( x )

E pediu para determinarmos várias coisas! Aqui vou fazer um resumo de cada uma dessas coisas e como encontramos cada uma delas:

  • Pontos críticos: pontos onde a derivada é nula
  • Máximos e mínimos locais: pontos onde a derivada apresenta troca de comportamento (de positivo/negativo para negativo/positivo)
  • Intervalos de crescimentos e decrescimento: crescimento – intervalo onde a derivada é positiva, decrescimento – intervalo onde a derivada é negativa
  • Pontos de inflexão: onde a segunda derivada é zero
  • Concavidade da função: côncava para cima – derivada segunda positiva; côncava para baixo – derivada segunda negativa;
  • Assíntotas verticais: pontos em que o denominador da função é zero; Assíntotas horizontais: comportamento da função quando x → ± ∞

Anota aí!

E é tudo isso que vamos fazer! Vamos começar analisando as assíntotas, depois analisando a derivada primeira, a derivada segunda e por fim construir esse gráfico bem bonitão!

Mas relaxa que vou fazer passo a passo com você!

Vamos começar?

Passo 2

Nossa função é

f x = arccos ⁡ ( x )

Existir assíntota vertical depende de termos uma descontinuidade da função. Mas nesse caso sabemos que a função arco cosseno é bem-comportada! Sendo assim não temos assíntotas verticais

Para verificar assíntotas horizontais precisamos calcular o limite da função quando x → ± ∞ , beleza? Mas nossa função é definida apenas entre ( - 1,1 ) então aqui também não temos assíntotas horizontais

bora analisar a derivada primeira?

Passo 3

Agora vamos analisar a derivada f ' ( x ) :

f x = arccos ⁡ ( x )

f ' x = - 1 1 - x 2

Os pontos críticos são onde a derivada é zero:

f ' x = 0

- 1 1 - x 2 = 0

Aqui não temos nenhum valor que possa ser substituído em x ali na derivada que possa anular essa expressão! Sendo assim, não temos pontos críticos!

Tudo bem até aqui?

Agora vamos ver o último quesito que envolve a derivada: intervalo de crescimento e decrescimento!

Temos que a função é decrescente quando a derivada é negativa, então nesse caso

d e c r e s c e n t e : s e m p r e

Notem que a derivada sempre assume valores negativos, então a função é sempre decrescente!

Tudo bem até aqui?

Bora para a análise da derivada segunda!

Passo 4

Agora vamos analisar os aspectos que envolvem a derivada segunda! Com a derivada segunda podemos encontrar os pontos de inflexão, ou seja, os pontos onde a concavidade da função muda!

A ideia é análoga ao da derivada primeira: pegar a derivada segunda, igualar a zero e encontrar os pontos que satisfazem isso. Por fim, analisar o sinal da f ' ' ( x ) em torno desses pontos e encontrar a concavidade da função

  1. Derivada segunda positiva: função côncava para cima
  2. Derivada segunda negativa: função côncava para baixo

Beleza?

Vamos resgatar a derivada primeira do passo anterior:

f ' x = - 1 1 - x 2

E derivar novamente

f ' ' x = x 1 - x 2

Igualando a zero temos:

x 1 - x 2 = 0

E assim temos apenas uma solução:

x = 0

x = 1 não está incluído no intervalo de definição da função

Esse é nosso único ponto de inflexão!

Agora vamos analisar o sinal da derivada segunda em torno desse ponto.

Em resumo temos

c ô n c a v a   p a r a   c i m a : - 1 , 0

c ô n c a v a   p a r a   b a i x o : 0 , + 1

Beleza? Estamos quase lá!

Passo 5

Nosso passo final é reunir todas as informações e esboçar o gráfico da função!

  • f x = arc cos ⁡ ( x )
  • f 0 = π 2
  • s e m   p o n t o s   c r í t i c o s
  • s e m p r e   d e c r e s c e n t e
  • x = 0 : p o n t o   d e   i n f l e x ã o
  • c ô n c a v a   p a r a   c i m a : - 1 , 0
  • c ô n c a v a   p a r a   b a i x o : ( 0 , + 1 )  
  • s e m   a s s í n t o t a s   v e r t i c a i s   e   h o r i z o n t a i s  

E nosso gráfico ficou assim:

Ufa terminamos!

E é isso! Espero ter ajudado!

Resposta

s e m   p o n t o s   c r í t i c o s

s e m p r e   d e c r e s c e n t e

x = 0 : p o n t o   d e   i n f l e x ã o

c ô n c a v a   p a r a   c i m a : - 1,0

c ô n c a v a   p a r a   b a i x o : ( 0 , + 1 )  

s e m   a s s í n t o t a s   v e r t i c a i s   e   h o r i z o n t a i s  

Exercícios de Livros Relacionados

Seja f x = x 2 .(a) Estime os valores de f ' ( 0 ) , f ' 1 2 , f ' ( 1 ) e f ' ( 2 ) fazendo uso de uma ferramenta gráfica para dar zoom no gráfico de f .(b) Use a simetria para deduzir os valores de
Faça um esboço cuidadoso de f e abaixo dele esboce o gráfico de f ’ como foi feito nos Exercícios 4 - 11 . Você pode sugerir uma fórmula para f ‘ ( x ) a partir de seu gráfico? f x = e x
Faça um esboço cuidadoso de f e abaixo dele esboce o gráfico de f ’ como foi feito nos Exercícios 4 - 11 . Você pode sugerir uma fórmula para f ‘ ( x ) a partir de seu gráfico? f x = s e n x
Trace o gráfico da função f x = { x 2,- 1 ≤ x0 - x 2 ,0 ≤ x ≤ 1 f é contínua em x=0 ? f é derivável em x=0 ?
Esboce o gráfico de f à mão e use seu esboço para encontrar os valores máximos e mínimos locais e absolutos de f . f x = x 2 ,- 3 ≤ x ≤ 2